A partir de 2022, apenas carros elétricos poderão entrar no arquipélago de Fernando de Noronha. A decisão deriva da Lei sancionada pelo governador do Pernambuco, Paulo Câmara, na última terça-feira, 7 de janeiro, que proíbe não só a entrada de carros a combustão, mas também a circulação desses veículos na ilha a partir de 2030. A regulamentação, cunhada de Noronha Carbono Zero, refere-se a meios de transporte que emitam dióxido de carbono, sejam movidos a gasolina, álcool ou óleo diesel.
Em seu discurso, Câmara destacou que o programa coloca a ilha como o primeiro lugar no Brasil a banir carros a combustão, garantindo uma política que será importante para a preservação do meio ambiente e chamando atenção para a conscientização do papel do cidadão nessa tarefa. “Já havíamos adotado o Plástico Zero em Fernando de Noronha e, agora, avançamos para, de forma gradativa, assegurar a circulação de veículos não poluentes no arquipélago. Seguiremos buscando sempre alternativas para garantir um futuro mais sustentável”, declarou.
A nova legislação não se aplica a embarcações, aeronaves, tratores e outros veículos automotores assemelhados, cuja finalidade é puxar ou arrastar maquinaria, executar trabalhos de construção ou de pavimentação, serviços portuários e aeroportuários.
Em junho do ano passado foi fechada uma parceria com a Renault no Brasil para a implantação de uma frota eletrificada. Atualmente, seis veículos de três modelos estão sendo utilizados pelo distrito. A gestão também firmou acordo com o Centro Brasil no Clima (CBC), a Plataforma Circularis – rede colaborativa de incentivo à economia circular – e com o Sinspire – hub de inovação, cultura e sustentabilidade -, durante a Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC), realizada no Bairro do Recife em novembro do ano passado.
Além disso, foi divulgada no início de dezembro a lista preliminar com cem contemplados com a autorização ecológica, que dará direito ao frete social, sem custo algum para o requerente, apenas para primeira entrada do veículo elétrico na ilha, para o transporte de carros elétricos do continente até o arquipélago.