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A estratégia de produzir localmente as novas turbinas eólicas V150-4.2 MW se revelou acertada e conferiu em 2019 o melhor desempenho de vendas da dinamarquesa Vestas desde que iniciou suas operações na América do Sul em 2000, disse presidente da companhia no Brasil e Latam Sul, Rogério Zampronha, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.

A empresa investiu pesado para preparar sua fábrica em Aquiraz (CE) e nacionalizar a nova tecnologia. Os resultados foram as vendas de mais de 2,5 GW no Brasil e mais 0,5 GW no Chile em 2019. O executivo estima que a participação da companhia na América do Sul esteja acima de 60% e, no Brasil, com mais de dois terços de market share. O executivo não pode detalhar os resultados financeiros da empresa, uma vez que o resultado global de 2019 será divulgado ao mercado em 5 de fevereiro.

Rogério Zampronha

“Em suma, 2019 foi um ano espetacular, o melhor ano da história da Vestas desde que nos instalamos na região, onde reassumimos a liderança no Brasil. Isso mostra a força da maior empresa do setor, tanto em termos de tecnologia e, até mais importante do que isso, com a nossa visão centrada nas necessidades dos clientes. Agradecemos pelo privilégio de servi-los”, comemorou Zampronha.

O executivo revelou, com exclusividade, que as primeiras turbinas V150 já foram erguidas no Rio Grande do Norte, em um parque eólico da Echoenergia. O fato simboliza o início da nova geração de grandes turbinas eólicas no Brasil, com pás de mais de 70 metros de largura e rotores com 150 metros de diâmetro. Segundo o executivo, o desafio logístico foi “enorme”, superado com a colaboração dos órgãos rodoviários. “Já entregamos para o primeiro projeto quase todas unidades, pás, torres e naceles”, disse.

Zampronha explicou que a decisão de nacionalizar e fabricar as máquinas gigantes no Brasil conferiu a empresa uma vantagem sobre os seus concorrentes. “A felicidade que a gente teve foi conseguir lidar com uma estrategia do produto, muito adequado não só para o regime de ventos no Brasil mas também às necessidade dos projetos no mercado livre”, explicou. Segundo ele, o ACL oferece um risco maior aos empreendedores, que por sua vez buscam uma garantia maior na entrega e na performance dos ativos em função dos riscos carregado pelo gerador.

O CEO da Vestas acredita que neste ano o volume de negócios no mercado livre deverá ser em linha do que foi em 2019. No entanto, espera que a recuperação econômica venha acompanhada de um crescimento da demanda de energia no mercado regulado também. “O Brasil é muito importante para a Vestas e vai continuar sendo prioritário no recebimento de investimentos. Temos que entregar o que vendemos e os investimentos virão na medida em que o mercado se mostrar tão bom como está nesse momento”, concluiu.