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Até a próxima sexta-feira, 17 de janeiro, todas as atividades do escritório da Itaipu Binacional em Curitiba serão encerradas. O processo de transferência dos empregados para Foz do Iguaçu, sede da usina, teve início em julho do ano passado e termina em janeiro de forma ordenada, com alguns dias de antecedência. A medida foi determinada pelo diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna. Cálculos feitos pela área financeira da Itaipu mostram que a economia acumulada até 2023 atingirá R$ 7 milhões.

Um dos argumentos para a concentração dos empregados na cidade sede é o ganho em eficiência, já que todo o corpo funcional vai atuar junto o tempo todo, sem necessidade de locomoção de uma cidade para a outra. A medida também permitirá economia com gastos com o aluguel do prédio e em passagens e estadias dos empregados que faziam frequentes viagens  entre as duas cidades paranaenses.  No processo de migração, foram transferidos 97 empregados e outros 18 aderiram ao Programa Permanente de Demissão Voluntária. Novas admissões estão suspensas desde abril. Por isso, as movimentações foram facilitadas.

De acordo com Silva e Luna, desde o início da atual gestão, a diretoria brasileira de Itaipu avaliou que não se justificava manter uma estrutura tão grande fora da área de influência da usina. Hoje, toda a diretoria de Itaipu está em Foz do Iguaçu.  A migração do pessoal ocorreu de forma progressiva desde julho do ano passado.

Para ele, além da economia de recursos, o mais importante foi que, agora, com exceção de um pequeno grupo que atua no escritório de Brasília, todos, diretores e corpo funcional estão próximos, o que facilita a gestão, permitindo que haja um melhor aproveitamento da capacidade de cada empregado. Além disso, avalia que as relações institucionais de Itaipu com as várias esferas de governo não serão afetadas com o fechamento do escritório de Curitiba. A binacional já negociou com o governo do Estado a cessão de salas no Palácio Iguaçu, sede da administração do Paraná, e também na Copel, para reuniões eventuais.

Investimentos

Ainda nesta segunda-feira, a parte brasileira da UHE fez um balanço sobre os aportes em sua região de influência. No ano passado elevou em quase três vezes os investimentos realizados no ano passado para o desenvolvimento social, econômico, turístico e cultural da região Oeste do Paraná, chegando a R$ 252,4 milhões. Esse montante corresponde a um aumento de 143,3% em relação a 2018, quando os recursos aplicados nessas áreas somaram R$ 103,7 milhões.

Segundo a Binacional, o mais expressivo aporte refere-se ao início das obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que ligará Foz do Iguaçu (PR) a Presidente Franco, e que está estipulado em R$ 66,3 milhões, o equivalente a 14% do total previsto para as obras da ponte e da Perimetral Leste, que somam R$ 462,9 milhões. O segmento de infraestrutura aeroportuária, sobretudo as obras no Aeroporto Internacional de Foz, angariaram cerca de R$ 21,5 milhões.

A empresa aponta que os gastos no apoio à implantação da Coleta Solidária aumentaram de R$ 3,2 milhões, em 2018, para R$ 15,8 milhões no ano passado. A implantação de moradias populares no Oeste paranaense beneficiou famílias em situação de vulnerabilidade e risco, ampliando para R$ 5 milhões os recursos em 2019.

A empresa também fechou parceria com Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para promover na o projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência com capacitação de 361 profissionais.  O projeto de canoagem Meninos do Lago, voltado para alunos de 5 a 16 anos de idade elevou o número de vagas de 100 para 600. E ainda, manteve investimentos no programa Sustentabilidade das Comunidades Indígenas, que atende a cerca de 290 famílias, distribuídas em três aldeias da região.

Na área da saúde, Itaipu aplicou um montante R$ 34,4 milhões no Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), pouco mais da metade do total de R$ 64,7 milhões que serão investidos na reforma e ampliação da estrutura física da unidade de saúde. Ao final dos trabalhos, o número de leitos do hospital passará de 202 para 260, com aumento das salas cirúrgicas, construção de um novo laboratório de análises clínicas e expansão dos serviços de quimioterapia e radioterapia, entre outras melhorias e avanços.

Para 2020, a usina anunciou que irá investir R$ 4,1 milhões na construção de um novo hemonúcleo do HMCC, dobrando a capacidade de atendimento do banco de sangue, além da ampliação dos serviços do Centro de Medicina Tropical (CMT) da Tríplice Fronteira, que contarão com R$ 4 milhões, incluindo reformas na atual estrutura, novas edificações e aquisição de equipamentos, mobílias e insumos.