A operação na usina hidrelétrica de Xingó (AL/SE – 3.162 MW) passará de uma defluência média semanal de 800 para 1.000m³/s até o fim de janeiro para compensar a queda na geração de energia eólica no Nordeste. A decisão ocorreu em reunião na sede da Agência Nacional de Águas durante  o primeiro encontro da Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio São Francisco, realizado na última segunda-feira, 13 de janeiro. O Operador Nacional do Sistema Elétrico propôs a medida que terá como outro objetivo melhorar as condições das águas do Baixo São Francisco especialmente em regiões com acúmulo de plantas macrófitas.

Além da ANA e do ONS, participaram da reunião representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, entre outras instituições. A próxima reunião da Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio São Francisco está marcada para 3 de fevereiro.

A operação da hidrelétrica de Xingó está relacionada ao volume útil acumulado na hidrelétrica de Sobradinho (BA), sendo que o reservatório baiano operava com 30,02% em 12 de janeiro. Com isso, ambos estão na faixa de atenção para o período úmido, que vai de dezembro a abril. Nesta situação, a defluência mínima é de 800m³/s em Xingó.