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O governo federal prevê intensificar as ações para convencimento dos senadores visando a aprovação do PL para a privatização da Eletrobras. E o próprio ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque será o encarregado de conversar com os parlamentares e assim conseguir que o projeto avance. O objetivo é seguir a mesma estratégia que foi aplicada na Câmara dos Deputados, onde a proposta foi apresentada pelo Executivo em 5 de novembro.
Albuquerque afirmou na noite desta quarta-feira, 15 de janeiro, que deverá se reunir com as lideranças do Senado para abordar o tema. Ele lembrou que esteve com o presidente da casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP)  mês passado para apresentar os argumentos e os dados que justificam a intenção de venda de parte das ações que o governo federal detém.
“Estive com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em dezembro para conversar sobre o tema, pois há muito desconhecimento. Fui lá da mesma forma que fiz com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,  conversar com lideranças, esteve o presidente da Eletrobras e assessoria técnica do ministério onde fizemos a exposição. Ele ficou satisfeito e pediu mais informações, então, combinamos de fazer da mesma forma, ir às lideranças apresentar às bancadas e fazer os esclarecimentos e esperamos que o projeto que está lá desde novembro comece a tramitação no início dos trabalhos do Congresso”, afirmou ele em entrevista transmitida em um canal de TV por assinatura.
O ministro disse que não há um prazo para que esse PL possa avançar. Até porque, destacou, como foi assessor parlamentar, sabe que o Congresso Nacional tem a sua dinâmica própria e que não adianta o executivo querer impor seus prazos ou influência. Ele afirmou que por isso, tão importante quanto aprovar a medida é iniciar a discussão do tema na casa.
Questionado sobre qual seria a alternativa para a Eletrobras caso o PL não avance, o ministro disse que não há outra opção. O caminho para a elétrica é a privatização. Ele destacou que as ações possíveis de serem feitas já foram implementadas. Lembrou que em Furnas  comercialização de energia dobrou, que a empresa está de mudança de sede para um prédio menor uma vez que no tradicional endereço em Botafogo, na rua Real Grandeza há espaço para 5 mil funcionários e hoje a empresa possui apenas 1.100 empregados.
“A Eletrobras perdeu a capacidade de investimentos, a empresa representa 31% da geração e 47% da transmissão de energia no país. Já foi bem mais. Desde 2008 que não investe mais, não participa de leilões”, argumentou. “Então daqui a oito anos se nada for feito, essa participação de geração vai para 15% e transmissão cairá para 35%. A Eletrobras tem capacidade de investir por ano R$ 3,5 bilhões, isso depois de ser saneada, mas precisaria de R$ 12 bilhões. O governo que tem 65% da empresa precisaria fazer aporte de R$ 8 bilhões, mas nosso investimento para 2020 são R$ 20 bilhões ao total”, acrescentou Albuquerque, lembrando que a empresa é muito importante para o setor elétrico por meio de suas subsidiárias. Segundo o ministro, o setor elétrico como um todo atraiu em 2019 investimentos da ordem de R$ 25 bilhões.
O ministro aproveitou ainda e comemorou a indicação do Brasil à OCDE. Segundo ele, apesar do prazo estendido para que o país seja membro fixo do grupo que reúne as maiores economias do mundo, é um fator importante porque a Agência Internacional de Energia é parte integrante da organização. Sendo assim, o país passaria a ter voz ativa nesse grupo podendo defender e apresentar suas ideias de políticas energéticas em nível global.
Nota da Redação: matéria alterada em 16 de janeiro às 14:46 para correção de informação referente ao projeto enviado pelo MME à Câmara dos Deputados