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O  governo do Chile quer até 2040 ter toda a sua frota de transporte público eletrificada. De acordo com Francisco López, subsecretário de energia do Ministério de Energia do país, o tema da mobilidade elétrica vem avançando.  O país já havia anunciado uma outra meta ousada para o mesmo ano, de fechar as suas centrais térmicas a carvão. Para 2050,  o objetivo é ser livre de carbono, conforme propsto no Plano Nacional de Descarbonização do país. López participou da abertura do Lat Am Mobility Sumit 2020, realizado nesta quinta-feira, 16 de janeiro, em Santiago.

O subsecretário chileno ressaltou que o governo está trabalhando na elaboração de políticas públicas passíveis de execução. Outro tema que López não deixou de fora foi a importância da capacitação profissional nesse momento em que novas oportunidades aparecem. “É importante preparar a todos”, avisa. Ainda de acordo com ele, o Chile vem apresentando forte inserção de renováveis, com muitos empreendimentos de eólica e solar. O país também debate uma lei de eficiência energética que pode tratar da eletromobilidade. A importância de uma rede de recarga foi outro ponto que segundo ele, deve ser olhado.

A Enel X, subsidiária da Enel para soluções inteligentes em energia,  vê boas perspectivas para a mobilidade elétrica no país. Para Karla Zapata, gerente local da empresa, há uma grande oportunidade para o país nessa área. Estudando o assunto há muitos anos, ela lembra que a implantação do primeiro ônibus elétrico veio para mostrar todos que a tecnologia era possível. Hoje existem cerca de 400 desses veículos rodando, sendo que a EnelX  fornceceu 285. Segundo ela, em 2025, o custo de um veículo elétrico será o mesmo de um carro convencional. “Esse vai ser o momento em que todos vão poder escolher entre comprar um carro elétrico ou a combustão”, aponta.

A partir daí, ela aposta que muitos mitos sobre os carros elétricos vão cair, como por exemplo a autonomia, já que hoje há no mercado carros com até 600 quilômetros de autonomia. Os custos da operação do elétrico também ficam pelo menos um terço mais barato que a combustão. “Até 2025 passa rápido e a Enel X está convencida que a tecnologia é viável e competitiva”, conclui.

* O repórter viajou a convite da Enel Brasil