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A energia solar fotovoltaica chegou definitivamente ao mercado livre, confirma um levantamento inédito realizado pela Clean Energy Latin América, empresa que presta assessoria financeira a empresas e investidores em energia renovável na América Latina. O estudo completo começa a ser divulgado nesta segunda-feira, 20 de janeiro, mas a diretora geral da Cela, Camila Ramos, aceitou compartilhar alguns dados com exclusividade à Agência CanalEnergia.

O estudo contou com a análise de 58 contratos de energia solar no mercado livre, equivalentes a 6,3 GWp de capacidade instalada. “A primeira surpresa foi o número de PPAs no ACL”, contou a executiva. Desse total, 27 contratos já estão assinados, somando 2,3 GWp de capacidade ou 672,4 MW médios em energia vendida.

“Um dado que achamos interessante foi o prazo desses contratos. Vimos acordos com diversos prazos, uns com até 20 anos, o que também foi bastante surpreendente”, disse Ramos.

Segundo ela, esses dados são o reflexo de uma demanda retraída nos leilões promovidos pelo governo federal, com isso, os geradores de energia renovável encontraram no mercado livre uma solução para garantir a expansão dos seus negócios. O setor eólico saiu na frente e agora, continuou a especialista, o segmento solar está experimentando um processo semelhante.

Uma vantagem do ACL é o preço mais alto de venda da energia na comparação com o mercado regulado. “Em termos de preço, os PPAs solares já estão competitivos com os de projetos eólicos no ACL, o que é muito interessante porque esses últimos estão mais maduros no ambiente”, destacou Ramos.

Dos 27 contratos já assinados, 15% foram financiados por bancos, revelando que, aos poucos, o mercado está superando a barreira do financiamento de projetos no ACL. Para compor o capex, as empreendedores estão também investindo capital próprio e estruturando emissão de debêntures.

De acordo com a diretora da Cela, os geradores e desenvolvedores têm negociados contratos com comercializadoras de energia, distribuidoras de energia (casos de Cemig e Copel), além de consumidores finais de diversos segmentos da indústria e do comércio.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, as usinas solares de grande porte em operação no Brasil somam 2,48 GWp de capacidade instalada (1,45% da matriz nacional), enquanto as pequenas usinas adicionam mais 2 GW na modalidade de geração distribuída. O Ministério de Minas e Energia tem promovido um processo de redução gradual das barreiras do mercado livre – que aliado à crescente elevação da tarifa de energia, faz com que os consumidores em busca de preços menores optem por contratar sua energia fora do mercado regulado.

Para ter acesso ao estudo completo, entre em contato por meio do e-mail: info@cela.com.br.