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A fabricante de módulos fotovoltaicos Jinko Solar fechou o maior contrato de distribuição de sua história nesta terça-feira, 21 de janeiro. O acordo poderá significar a entrega de até 1 GW de projetos solares no Brasil em 2020. A parceria foi firmada com a Aldo Solar, que a partir desta data fica responsável pela comercialização e instalação dos painéis solares Cheetah Half Cell 400W em todo território nacional, passando a ser o hub da multinacional chinesa no país, com estoque local e pronta entrega de equipamentos para geração distribuída.

Foram três anos de negociações. Segundo as empresas, o compromisso representa o primeiro passo para uma parceria de longo prazo e de crescimento entre ambas organizações.  “Não é só a quantidade de um contrato que é grande, mas sim como ele é feito: com relacionamento, interesses mútuos e parcerias. Esse acordo é um marco histórico para nós e esperamos que seja algo vitalício entre as empresas”, comentou Gustavo Tegon, líder de vendas da Jinko Solar, que projeta um crescimento de 16 GW para 20 GW em potência global da holding neste ano, cujo primeiro mercado-chave na América Latina é o Brasil, seguido pelo México.

Segundo o executivo, a projeção de entrega para o primeiro trimestre é acima de 100 MW. Já para o ano a previsão é de crescer 277%, com incremento de pelo menos 716 MW. “Ainda estamos fechando os contratos para o restante de 2020, mas imaginamos entregar o dobro do que a Aldo fez em 2019, podendo chegar a 1 GW até o final do ano”, afirma Tegon, que também assegura um market share de pelo menos 25% do segmento para a multinacional após o fechamento da parceria, saindo dos 17% registrados de 2019. Ele ainda revela que estão sendo investidos quase US$ 3 milhões para contratação e gestão de pessoas, estratégias de marketing e outras frentes do negócio no país.

Expectativa: Jinko espera market share mínimo de 25% e Aldo quer crescimento de 135% ao ano (foto: divulgação)

Fundador e presidente da Aldo Solar, Aldo Pereira Teixeira lembrou que a principal dificuldade dos players desse mercado é a logística, o que no caso da empresa acontece pelo Terminal de Paranaguá (PR), onde o fluxo de cargas é diário, tendo 500 contêineres para o estoque das peças e equipamentos, remanejados automaticamente conforme o andamento das vendas. Aldo também destacou a durabilidade e eficiência do material fornecido pela fabricante chinesa, que substitui os tradicionais painéis policristalinos pela tecnologia monocristalina, já comercializada em outras partes do mundo, com vantagens econômicas e técnicas.

“São células bifaciais, com 30 a 40 anos de longevidade dependendo das condições de uso, e eficiência de 19,88% para o módulo de 400W, o que corresponde as nossas expectativas e às demandas do mercado brasileiro”, avalia. Sobre as parcerias que já existem com outros fabricantes, como a Trina Solar, por exemplo, ele afirma que tudo segue como está e que a Jinko vem para se ocupar de um espaço no mercado brasileiro, visando suportar o ritmo de crescimento almejado pela companhia em 2020, o que também passa pela normalidade e segurança jurídica que devem ser formatadas para a GD nas próximas semanas.

“Essa questão [não alteração das normas para GD] sendo colocada de maneira oficial pela Aneel dará muito mais ritmo ao crescimento verificado hoje. O mínimo que estamos trabalhando é um aumento de 15% mês a mês no mercado de energia e de seguirmos crescendo 135% ao ano com essas novas soluções que antes não tínhamos”, resumiu o executivo, que estima que o Brasil chegue em dezembro de 2020 com uma capacidade total de 4 GW para a fonte solar em geração distribuída.