A elétrica RGE recuperou um total de 53,3 GWh durante 113.294 ações de fiscalização realizadas ao longo de 2019. As equipes da concessionária identificaram 23.373 ligações irregulares, o que corresponde a 20,6% do total. A título de comparação, a energia recuperada seria suficiente para abastecer 29 mil residências por um ano, o equivalente a cidades como Esteio, Alegrete e Farroupilha, levando em consideração um consumo médio de 150 kWh ao mês para cada residência.
Segundo o gerente de Serviços de Recuperação de Energia da RGE, Danillo Ferreira Lelis, o combate às fraudes na rede elétrica é contínuo nas distribuidoras do Grupo CPFL, a fim de evitar problemas na rede de distribuição. Quando identificado o furto de energia, a empresa também cobra os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acrescidos de multa.
Uma vez identificado qualquer tipo de alteração na medição da energia consumida, a Gerência de Serviços de Recuperação de Energia realiza os cálculos da quantidade de energia furtada e fixa a cobrança do valor que não passou pela medição. De acordo com o executivo, o Grupo CPFL utiliza tecnologias com algoritmos que identificam possíveis sinais de desvio de energia, além da instalação de medidores que mostram, de forma imediata, uma manipulação indevida no equipamento ou o não registro de algum valor consumido. Desta forma, as inspeções são realizadas buscando ter o maior nível de assertividade.
A empresa explica que para identificar os fraudadores, além das incursões em campo, os profissionais trabalham com o cruzamento de dados de consumo e inteligência artificial, que permitem identificar com mais precisão possíveis fraudes. Os sistemas monitoram os dados elétricos e comerciais em tempo real e os combinam em busca de indícios de fraude. Posteriormente, as equipes são direcionadas para a execução das inspeções baseadas nestas análises.