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O potencial técnico da fonte eólica offshore no Brasil é de 700 GW em locais com profundidade até 50 metros. A Empresa de Pesquisa Energética lançou o Roadmap Eólicas Offshore – Perspectivas e caminhos para a energia eólica marítima. O estudo é o documento com mais informações sobre o tema no país, com olhar sobre o que é possível fazer para que a fonte tenha um ambiente propício ao desenvolvimento. Esse potencial é suficiente para que essas usinas apareçam como alternativas ao atendimento do Brasil. Atualmente, a fonte tem 23 GW instalados no mundo sendo que o Reino Unido, a China e a Alemanha são países que lideram esse processo.

Contudo, há incertezas acerca dessa fonte. Uma delas tem relação sobre a regulação brasileira atual. De acordo com o presidente da EPE, Thiago Barral, não é possível saber se o que já existe abrange a nova fonte no âmbito da segurança jurídica ou se poderá haver algum tipo de lacuna, já que o arcabouço legal regulatório não foi criado pensando nessa fonte. “Tem agentes que acham que o que existe hoje já dá conta, mas diversos agentes entendem que é necessário aperfeiçoamentos para alcançar segurança jurídica”, comenta.

O roadmap alerta para temas como a adoção de critérios para o cálculo do lance e o uso do espaço marítimo, na hipótese de presença de pluralidade de interessados em regime de competitividade. E ainda, a especificação do regime de uso do espaço marítimo destinado à exploração, para que sejam definidas regras de seleção de interessados, além da previsão de cláusulas específicas no instrumento de outorga do uso do espaço marítimo.

Também será preciso uma adequação do parque industrial brasileiro aos aerogeradores das offshores, por eles serem maiores que os de os parques onshore. Atualmente, Siemens Gamesa e Vestas são os maiores fabricantes. O aerogeradores de eólicas chegam a 10 MW. A infraestrutura de portos e as embarcações também deverão sofrer ajustes para essa modalidade devido a uma complexidade maior dos equipamentos.

A curva de preços dessas eólicas também mostra tendência de queda forte. O tempo de construção dos projetos no mar é maior que uma tradicional, em torno de dois anos.

No Brasil há seis projetos de parques eólicos offshore em fase de licenciamento: Caucaia (CE – 310 MW), Asa Branca I (CE- 400 MW), Planta piloto (RN – 5 MW),  Jangada (CE – 3.000 MW), Maravilha (300 MW) e Águas Claras (RS- 3.000 MW). Estes três últimos são de propriedade da Neoenergia, do Grupo Iberdrola, que opera parques offshore na Europa. ” O fato de ter alguns emprendedores sérios em processo de licenciamento é evidência que há de fato agentes que estão vendo essa oportunidade surgir em um horizonte não tão distante”, avalia.