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Assumindo a vice-presidência de negócios da Área Américas nos negócios de energia da Wärtsilä este ano, Sushi Purohit quer que a empresa siga apostando no potencial do mercado brasileiro. Com a missão de liderar o crescimento nesses mercados, a forte penetração dos renováveis e as oportunidades trazidas pelo gás natural estão no radar do executivo, que coloca o país como prioritário para Wärtsilä. “É um mercado chave pra nós, estamos procurando por oportunidades”, afirma. A Wärtsila possui capacidade de 72 GW em projetos de geração de energia em 180 países.

Recentemente, a Wärtsilä fechou contrato de conversão para gás natural da UTE Cristiano Rocha (AM – 85,38 MW). O projeto tem duração de um ano e meio e compreende a conversão de cinco motores Wärtsilä 18V46GD para o modelo W18V50SG, que elimina o óleo combustível como fonte de energia secundária e traz mais eficiência para a planta. Com a conversão a potência da usina salta para 91,75 MW. De acordo com o Purohit, esse contrato é um bom exemplo de mudar o passado, baseado no óleo e modernizar a usina, colocando-a movida a gás, fornecendo uma nova tecnologia e aumentar a sua capacidade. Ainda segundo ele, a empresa conversa com outros clientes para contratos similares a esse. “Estou feliz por ver que mais contratos como esse virão”, avisa.

A empresa tem se debruçado nos leilões de energia que serão realizados este ano. Os certames A-4 de energia térmica e A-6 de energia nova são fonte de atenção para a Wärtsila, que já negocia com postulantes a disputa. “Temos a solução no nosso portfólio, estamos prontos para apresentá-la par o mercado brasileiro”, revela. Os leilões dos últimos anos, que mostraram grande disputa e preços bem abaixo da casa dos R$ 100/ MWh, chamou a atenção da empresa. A Wärtsilä entrega além de sistemas de conversão de gás em energia, usinas baseadas em motores de combustão interna ultra-flexíveis e usinas de energia solar híbridas.

Purohit, da Wärtsilä: foco em gás e renováveis

Purohit elogia a diversidade da matriz brasileira, com a forte presença de fonte hídrica e a rápida inserção de renováveis, como eólicas e solares. Segundo ele, com essa condição singular, o Brasil não vai enfrentar problemas na transição energética, mas precisa cumprir etapas. Uma delas é ratificar a integração do gás natural com as fontes renováveis. Ele conta que o gás vai ter um papel importante na transição para o baixo carbono e que a empresa quer com as suas soluções se colocar como a melhor opção para exercer esse papel de integradora. “Precisamos fazer ver que estamos maximizando o uso de renováveis para geração de energia limpa e usando o gás como a fonte mais limpar para a integração”, avisa.

O acionamento rápido é um dos diferenciais que a empresa aposta para o êxito nas suas soluções no Brasil. Estar presente nas várias etapas de uma planta, como desenvolvimento, construção e operação, é outro diferencial citado por Purohit. “Temos o time que dá o desenvolvimento e cuida da planta, isso é importante”, pontua. Para o futuro, ele vê a consolidação do gás sintético como fonte. Purohit acredita que a demanda pelo insumo natural será alta na transição energética, o que vai acarretar na aceleração do uso do combustível sintético.

A Wärtsila também atua no armazenamento de energia. A empresa comprou a GreenSmith, que detém a tecnologia dos softwares das baterias. Apesar de já contar com projetos dessa área em várias partes do mundo, ainda não há nenhum no país. O executivo vê oportunidade para essa divisão no Brasil, também para a integração com as renováveis. “Estamos bem preparados para atender o mercado brasileiro”, aponta.