Afluências ainda abaixo da média e crescimento da carga em 2%. Esse é o cenário básico apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico na primeira versão do Programa Mensal de Operação para fevereiro, o mês que, historicamente, apresenta as maiores vazões do ano no maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste. De acordo com o documento publicado nessa sexta-feira, 31 de janeiro, a perspectiva inicial é de que a energia natural afluente na região fique em 87% da média de longo termo, ou 67.763  MW médios. No Sul, o volume é de 55% da MLT, no Nordeste um dos destaques, 85% da média, volume que não se registrava há muitos meses e no Norte a previsão é de ficar com 76% da média histórica.
Em todos os submercados é esperado o crescimento do consumo. No SE/CO de 1,6%, no Sul está estimado em 3,2%, no NE em 1,7% e no norte é de 3,4%. Se essas previsões que são revisadas semanalmente ser confirmarem a demanda ficará em 73.386 MW médios.
Enquanto isso, o nível esperado dos reservatórios continua a curva ascendente. A expectativa inicial do Operador é de que no SE/CO o nível suba até 34% no dia 29 de fevereiro. Para essa data são estimados inicialmente volumes de 30,3% no Sul, 60,8% no NE, o mais elevado do país, e de 43,7% no Norte.
Com esses dados, o CMO médio recuou em 58,8% ante a última semana operativa de janeiro. O valor saiu de R$ 318,05 para R$ 186,86/MWh em quase todo o país, exceção apenas no Sul que apresentou valor médio apenas R$ 0,04 centavos mais elevado. Na carga pesada o valor está equacionado em R$ 190,43/MWh em todo o país, a média ficou em R$ 188,24/MWh sendo no sul a R$ 188,38/MWh e a leve a R$ 184,34/MWh.
A geração térmica estabelecida para a semana operativa que se inicia neste sábado, 1º de fevereiro, é de 8.888 MW médios, sendo a maior parte, ou 4.458 MW médios por inflexibilidade, há 3.904 MW médios por ordem de mérito e outros 536 MW médios por restrição elétrica.