O Shale Gas deve ser um dos temas que o Governo Federal deverá utilizar em prol do acordo de cooperação entre Brasil e Estados Unidos, assinado no ano passado. Durante entrevista coletiva no Fórum de Energia Brasil-Estados Unidos, realizado nesta segunda-feira, 3 de fevereiro, o ministro Bento Albuquerque revelou que o país se ressente de ainda não ter um marco regulatório sobre o chamado ‘gás de xisto’ capaz de amparar seus investimentos. Segundo ele, o país norte-americano teve na última década um avanço grande nesse setor, transformando a economia local. “Pretendemos que o Brasil também possa se beneficiar desse tipo de produção de gás não convencional”, explica.
Ainda segundo o ministro brasileiro, há um projeto piloto que deverá ser realizado no Nordeste. Dan Broilette, secretário de Energia do Estados Unidos, reforçou que a regulação será uma área em que o país presidido por Donald Trump poderá auxiliar o Brasil. Segundo ele, é muito importante que já exista um caminho para seguir. Segurança jurídica e transparência das regras são outros fatores positivo que devem ser utilizados.
Na coletiva, o ministro disse ainda que acredita que com o fim do recesso parlamentar, o projeto de lei que aborda o gás natural deverá ser votado logo na Câmara e no Senado. Sem querer cravar um prazo de quando o insumo estará com preço competitivo, Albuquerque relembrou os movimentos que já foram executados, como os desinvestimentos da Petrobras na área e as mudanças nas legislações estaduais. O ministro também frisou que a Petrobras já está vendendo o gás natural 10% mais barato que antes. O gás natural no Brasil é quatro vezes mais caro que nos EUA.
No Fórum também foi assinado memorando de entendimento entre a fabricante de equipamentos Westinghouse e a Eletronuclear para a extensão de 40 para 60 anos da vida útil da usina termelétrica nuclear de Angra 1 (RJ – 640 MW).