A defluência média semanal para a hidrelétrica de Xingó (AL/SE) durante o mês de fevereiro seguirá em 1.000m³/s. A recomendação foi feita pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante a reunião da Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio São Francisco na última segunda-feira, 3 de fevereiro. A necessidade da manutenção também foi oficializada por meio da Carta Circular nº 002/2020 da Chesf, devido à redução da geração eólica no Nordeste e a necessidade de atendimento das demandas do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Além da ANA e do ONS, participaram do encontro na sede da Agência e por videoconferência representantes do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), entre outras instituições. A próxima reunião da Sala está marcada para 2 de março.
Com a entrada em vigor das novas condições de operação do Sistema Hídrico do Rio São Francisco em 1º de maio de 2019, devido à melhora na situação da bacia hidrográfica, o acompanhamento da situação do Velho Chico teve uma alteração. A Sala de Crise do Rio São Francisco foi desfeita para ser instalada a Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do rio, cuja primeira reunião aconteceu em 6 de maio do ano passado. Os encontros do grupo são mensais.
A operação da hidrelétrica de Xingó está relacionada ao volume útil acumulado no reservatório da hidrelétrica de Sobradinho (BA), sendo que o reservatório baiano operava com 32,25% em 2 de fevereiro. Com isso, Sobradinho opera na faixa de atenção para o período úmido, que vai de dezembro a abril. Nesta situação, a defluência máxima média mensal e a mínima diária é de 800m³/s em Xingó. No último domingo (2) o reservatório equivalente da Bacia do Rio São Francisco – formado pelos reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho e Itaparica (BA/PE) – registrou 45,48% de seu volume útil. Um ano antes, o armazenamento era de 42,9%.