O Conselho Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Coema) aprovou na última quinta-feira (6) os pareceres favoráveis da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) com relação ao projeto de implementação do complexo de usinas de energia solar Bom Lugar Norte. A confirmação indica que o estudo e o relatório de impacto ambiental do empreendimento estão em conformidade com a legislação de controle e proteção do meio ambiente.

A exigência faltava para que a Semace emitisse a licença de instalação do empreendimento, projetado para operar com seis usinas e gerar 216,7 MW numa área de 454 hectares de três fazendas localizadas em Icó, na região Centro-Sul do Ceará. O documento será emitido com uma lista de condicionantes, que ampliam o controle e asseguram a mitigação dos impactos ambientais.

O projeto é considerado de baixo potencial poluidor-degradador, com impactos mais positivos do que negativos, conforme descrito no levantamento. De acordo com o biólogo responsável, Luis Augusto Cordeiro, “eles são relativamente menores que em plantas de energia eólica e muitos menores em relação à construção de uma usina hidrelétrica”.

Na avaliação do coordenador do EIA/RIMA e fiscal ambiental da Semace, Matheus Carneiro, a iniciativa não influencia no controle aos recursos hídricos, comunidades indígenas ou quilombolas. “É um terreno com relativa interferência humana, que possui características de cultivo”, afirma o coordenador.

Já os impactos negativos serão mais frequentes durante a fase de instalação das plantas, quando também são maiores os impactos positivos na economia da região. Segundo o responsável técnico do ativo, Miguel Lobo, os trabalhos irão movimentar na fase inicial 400 empregos diretos e 700 indiretos. A obra está prevista para começar no segundo semestre de 2021 e deverá durar um ano.