Na noite da última sexta-feira, 7 de fevereiro, o Grupo Equatorial Energia inaugurou as novas linhas de transmissão do sistema Tramoeste, que deve atender com energia de maior confiabilidade as regiões oeste e sudoeste do Pará. A conclusão da obra era esperada por mais de 20 anos. Inaugurado em 1998, o primeiro Tramoeste, composto pela Linha Tucuruí-Altamira/Transamazônica-Rurópolis, esgotou a capacidade, devido ao crescimento da região. Em 2014, a Agência Nacional de Energia Elétrica conseguiu um proponente para construir o segundo Tramoeste, composto desta vez pela Linha Xingu-Altamira/Transamazônica-Tapajós. Porém, a empresa que venceu a licitação não teve condições financeiras para continuar o projeto.
Por conta dessa situação, a Aneel realizou um novo leilão em 2017, no qual Equatorial Transmissão, tornou-se a responsável pelo planejamento, projeto básico e executivo, implantação, operação e manutenção das LTs do Tramoeste. Já em operação, elas beneficiam cerca de 600 mil pessoas com energia firme e de maior confiabilidade. Realizada pela Equatorial Transmissão, a obra teve investimento de R$ 860 milhões.
Durante o evento, o presidente do Grupo Equatorial Energia, Augusto Miranda, ressaltou que a obra é fundamental. Segundo ele, o empreendimento deve atrair a implantação de várias empresas na região, já que energia de qualidade é extremamente necessária nesse processo. A construção das linhas e de todo o sistema que as complementa foi concluída em tempo recorde, com um adiantamento de dois anos e meio do prazo inicial, que era de 5 anos. Com esse incremento ao sistema elétrico paraense, a rede de distribuição de energia passa a ser suprida de forma mais confiável.
A região do Tramoeste era atendida por uma única Linha de Transmissão, que saia da SE Tucuruí e chegava até a SE Rurópolis. A LT estava com a capacidade esgotada, além disso, a interligação de Santarém era realizada por dois circuitos muito longos em 138 kV que ligam as SEs Rurópolis e Tapajós, de responsabilidade Equatorial Pará. Com as obras da Equatorial Transmissão, agora existe a duplicidade de Linhas da SE Xingu até a SE Tapajós, em Mojuí dos Campos. A outra parte do Tramoeste é composto pela LT 230 kV Tucuruí – Altamira – Transamazônica – Rurópolis, de propriedade da Eletronorte. No total, são 436 quilômetros de linha de transmissão. O sistema ainda é composto por mais cinco subestações de energia: a SE Xingu, as SEs Altamira, Transamazônica e Rurópolis, da Eletronorte; e a SE Tapajós, localizada no município de Mojuí dos Campos, que é nova e foi construída pela Equatorial Transmissão, com capacidade instalada de 300 MVA.
Toda a extensão das novas linhas de transmissão possui uma estrutura de fibra ótica para oferecer internet de alta velocidade para as regiões que vai atender. Essa fibra é da Equatorial Telecom, outra empresa do Grupo Equatorial. Por enquanto, a linha de fibra ótica passa por processo de anuência junto a Agência Nacional de Telecomunicações. Mas é uma grande estrutura, com o que há de mais inovador no que diz respeito a conexão em alta velocidade e que deve entrar em operação em breve.