A hidrelétrica de Itaipu chegará na próxima sexta-feira, 14 de fevereiro, ao volume de 2,7 bilhões de MWh de energia acumulada desde o início de sua operação, em maio de 1984. Segundo projeção divulgada pela binacional, a marca histórica produzida ao longo de 35 anos e nove meses seria suficientes para abastecer todo o planeta por 43 dias, reforçando o papel da usina para o desenvolvimento energético sustentável do Brasil e Paraguai, onde atende respectivamente a 15% e 93% desses mercados nacionais. A UHE Três Gargantas, na China, maior do mundo em potência instalada, considerando a média de produção dos últimos seis anos, alcançaria esse recorde apenas em 2347.
Além de toda essa energia gerada, Itaipu também se consolida por ter atualmente os melhores índices de produtividade de todo o histórico, aproveitando ao máximo a água que chega nas comportas. “É uma espécie de ‘caixa d’água’, um seguro. Uma poupança energética para atender a população brasileira e paraguaia e gerar todo tipo de riqueza e bem-estar”, afirma o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
O diretor ressalta que esses benefícios são traduzidos de forma não poluente, cuidado com o meio ambiente, pagamento de mais de R$ 10 bilhões em royalties e, agora, mais recentemente, em obras estruturantes que trazem legado para ambos os países. “Tudo isso em um ambiente altamente amigável, onde brasileiros e paraguaios, assim como sua diretoria executiva, trabalham tendo como princípios básicos o respeito e a diplomacia”, completa.
Celso Torino, diretor técnico executivo, credita a marca dos 2,7 bilhões aos esforços de todo um time, dos mais antigos aos mais novos empregados aliado a uma série de fatores em sinergia: bons equipamentos, sintonia entre os vários parceiros internos e externos para garantir a operação da usina, como Operador Nacional do Sistema, Eletrobras, Ande (estatal paraguaia), Furnas, e Copel, entre outros.
Para garantir a sustentabilidade da hidrelétrica para as próximas gerações, um projeto de modernização tecnológica das unidades geradoras está em curso, com expectativa de atualizar os sistemas de duas turbinas por ano. Como são 20 unidades, esta fase deve ser executada em dez anos.