Até 30 de abril, a hidrelétrica de Serra da Mesa, no rio Tocantins, vai operar com a vazão mínima, passando de 300m³/s para 100m³/s de média diária. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a medida busca aumentar o armazenamento de Serra da Mesa, que estava com um volume útil de 14,49% na última quarta-feira, 12 de fevereiro.
Em 22 de janeiro, a vazão da usina foi elevado para 500 m³/s a pedido do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que alegava não haver condições energéticas para operar o reservatório com a defluência mínima de 300 m³/s, sendo necessária a elevação a um patamar de defluências um pouco acima de 500 m³/s, até que as demandas do setor elétrico se equilibrem.
A operação abaixo de 300 m³/s na UHE de Serra da Mesa (GO) deverá ser acompanhada da manutenção de níveis elevados de armazenamento no reservatório da hidrelétrica de Cana Brava (GO), que fica imediatamente abaixo de Serra da Mesa, para garantir o alagamento do trecho do leito do rio Tocantins entre as barragens de forma suficiente para atender aos usos da água na região.
Furnas, subsidiária da Eletrobras que opera em Serra da Mesa, deverá divulgar a flexibilização temporária da defluência da hidrelétrica para os municípios entre os reservatórios de Serra da Mesa e Cana Brava. Essa flexibilização poderá ser suspensa ou revogada pela ANA antes de 30 de abril mediante decisão fundamentada.
Conforme a Resolução ANA nº 4/2020, o reservatório da UHE de Serra da Mesa deverá suprir as vazões defluentes necessárias para garantir o atendimento das restrições de vazões mínimas liberadas pelas usinas hidrelétricas de Cana Brava, Peixe Angical (TO), Lajeado (TO) e Estreito (MA), que ficam a jusante de Serra da Mesa. As defluências mínimas estão estabelecidas nas respectivas licenças ambientais e no Inventário das Restrições Operativas Hidráulicas dos Aproveitamentos Hidrelétricos expedido e atualizado pelo ONS.