Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O número de operações de fusão e aquisição no setor de energia no ano passado ficou estável na comparação com 2018, de acordo com levantamento feito pela KPMG em 43 setores da economia. Foram registradas 51 transações em 2019, pouco abaixo das 55 do ano anterior. De acordo com o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra, o momento na área de geração, que envolve descarbonização com forte inserção de renováveis e a retomada da disputa nos leilões de transmissão deu o tom das negociações. “Tem muita transação ligada a ativos de renováveis como um todo. Tem muitos investidores também olhando parta a área de transmissão”, avisa.

O levantamento feito pela KPMG mostra que das transações feitas em 2019, 27 foram domésticas e 16, foram realizadas por empresas estrangeiras que adquiriram empreendimentos de brasileiros estabelecidos no país. Houve ainda quatro operações de estrangeiros adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil. além de três que se enquadram na categoria de empresas nacionais comprando ativos de estrangeiras no Brasil. Apenas uma compra envolveu ativos de empresas brasileiras no exterior por empresas estrangeiras.

Ele vê uma tendência dos próximos anos de crescimento no mercado cativo cada vez mais baseada no lastro do que na compra e venda de energia. O sócio da KPMG também ressaltou que a dinâmica do mercado está aquecida, com players nacionais e internacionais fortes na disputa. Outra tendência que Coimbra também vê é a de transações com renováveis, devido a sua forte viabilização no país.

Coimbra conta que a transmissão também teve destaque em 2019. Segundo ele, muitos players ligados a construção de empreendimentos acabaram vendendo seus ativos para empresas do setor. Ele dá como exemplo a indiana Sterlite, que arrematou lotes nos leilões de LTs, mas os vendeu quando estava operando ou com as licenças já emitidas. “A dinâmica dos novos leilões e os novos entrantes têm feito o mercado ficar bastante atrativo”, aponta. No fim do ano, a Sterlite vendeu para a Engie o Projeto Novo Estado por R$ 410 milhões, localizado nos estados do Pará e Tocantins e já com as licenças de instalação. Antes, ela também havia vendido o Projeto Arcoverde para a Vinci Partners por R$ 141 milhões. A LT foi concluída 28 meses antes do prazo estabelecido. A queda da taxa dos juros é outro fator que ajuda. “Acho que esse fluxo não vai parar de acontecer, é a situação que já vem acontecendo e faz sentido”, observa.

O setor de empresas de internet liderou o ranking elaborado ela KPMG, saindo de 169 operações em 2018 para 293 em 2019, crescendo 73%. em seguida vieram as áreas de tecnologia da informação, com 158 operações; hospitais e laboratórios de análises clínicas, com 87; imobiliária, com 77; outros setores, com 72 transações; alimentos, bebidas e fumo, com 52 e companhias de energia, com 51. Embora não tenha ficado no topo das operações, Coimbra frisa que não só o volume, mas a complexidade das operações está crescendo, o que o torna importante no ranking. “É um setor de destaque dentro do que a gente acompanha de fusões e aquisições”, revela.