A Neoenergia registrou um lucro líquido de R$ 2,2 bilhões em 2019, ano de seu IPO (sigla em inglês para a oferta pública de ações na bolsa de valores). Esse resultado representa um crescimento de 45,1% na comparação com 2018. Já o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 5,7 bilhões no período, aumento de 25,6% em relação aos 12 meses anteriores.
No quarto trimestre esses mesmos indicadores somaram R$ 618,4 milhões, aumento de 75,1% ante o mesmo período de 2018. Já o ebitda nos três meses avançou 43%, para R$ 1,5 bilhão. A receita operacional líquida no ano aumentou 9,4%, somando R$ 27,6 bilhões no ano e R$ 7,2 bilhões entre outubro e dezembro, um avanço de 8,6%.
O mercado cativo da empresa aumentou 2,3% no ano passado, para 43.942 GWh, já no consolidado de energia injetada o aumento ficou em 4%, fechando 219 com 67.875 GWh. No último trimestre esses valores ficaram em 11.574 GWh, expansão de 2,6% e em 17.772 GWh, crescimento de 4,5%.
Por distribuidora, a Coelba é a maior em volume de energia e em lucro líquido no ano passado. Apresentou crescimento de 6,1% em consumo e os ganhos somaram FR$ 1 bilhão, expansão de 58,1%. A segunda em termos de demanda foi a Elektro com 19.150 GWh aumento de 2,6% e ganhos de R$ 495 milhões no ano, crescimento de 19,5%. Em seguida vem a Celpe em energia injetada com 17.239 GWh e lucro de R$ 181,3 milhões, patamar 62% superior. Enquanto isso a Cosern reportou 1,5% de aumento na energia injetada e lucro de R$ 273,2 milhões, 13% a mais.
A empresa destacou que em 2019 consolidou a trajetória de melhoria contínua da qualidade ao reduzir o DEC médio das distribuidoras em 1,7 horas, mantendo-as de forma estruturada, enquadradas nos limites regulatórios.
O capex aportado pelas empresas do grupo somaram R$ 4,4 bilhões no ano, desse valor o segmento de distribuição recebeu R$ 3,3 bilhões, transmissão ficou com quase R$ 600 milhões e, em geração, a fonte hídrica recebeu R$ 180 milhões enquanto projetos eólicos em construção ou em operação foram o destino de R$ 141 milhões. Em comercialização de energia o aporte foi de R$ 142,1 milhões.
Com isso, a alavancagem da Neoenergia recuou em 0,5 ponto porcentual quando comparado a 2018, passou de 3,49 vezes a relação entre a dívida líquida sobre o resultado ebitda.