A EDP Renováveis obteve um lucro líquido de 475 milhões de euros ao final de 2019, crescimento de 52% na comparação anual, quando chegou a 313 milhões de euros. Os rendimentos totais ficaram em 1,824 bilhão de euros, 7% a mais que os 1,697  bilhão de euros aferidos no ano anterior. Já o EBITDA alcançou 1,648 bilhão de euros, 27% superior que em 2018. A companhia apresentou seus resultados financeiros do ano passo ao mercado nessa quinta-feira, 20 de fevereiro.

João Manso Neto, CEO de EDPR, mostrou-se muito satisfeito com os resultados, afirmando que a empresa foi capaz de incrementar receitas e estender a operação geograficamente durante o último ano. “Com operações como a da Colômbia e a de continuar a crescer enquanto reduzíamos a dívida, graças a uma política de desinvestimento estratégico. Além disso, a companhia tem aumentado de maneira considerável o seu lucro líquido em relação ao exercício anterior” destaca Neto.

A partir de outras receitas operativas, a empresa ascendeu a 400 milhões de euros frente aos 192 milhões de euros do ano passado, com uma evolução anual que reflete os 109 milhões de euros de mais-valias contabilizados em 2018 e os 313 milhões de euros de lucros em 2019 relativos à operação de venda de um portfólio europeu de 997 MW junto com a venda de 137 MW no Brasil, materializada nesse mês de fevereiro.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, a EDPR forneceu 30 TWh de eletricidade limpa, um aumento de 3% e que evitou a emissão de 19 milhões de toneladas de CO2. O crescimento beneficia-se das incorporações de capacidade dos últimos 12 meses e de uns dos maiores recursos eólicos, o que compensou a desconsolidação da operação de venda na Europa em julho de 2019. O preço de venda médio aumentou 2% em termos interanuais, impulsionado pela recuperação dos preços na Europa do Leste e pelos efeitos das taxas de câmbio.

Já os custos operacionais situam-se em 575 milhões de euros, queda de 2%, excluídos 45 milhões de euros da aplicação da IFRS 16 (locações e alugueres). As despesas financeiras líquidas aumentaram até os 346 milhões de euros, o que representa mais 128 milhões de euros em relação com 2018, e na comparação anual incidiram os 87 milhões de euros em conceito de ganhos registrados em 2018.

A dívida líquida ficou em 2,803 bilhões de euros, menos 257 milhões de euros frente a dezembro de 2018, devido ao cash flow gerado pelos ativos e a execução da estratégia de venda de EDPR, bem como os efeitos cambiais. Cabe lembrar que o Conselho de Administração da companhia proporá na Assembleia Geral de Acionistas a distribuição de um dividendo de  69,8 milhões de euros, equivalente a 0,08 euros por ação.