A Engie fechou uma parceria com a Audi para a instalação de 200 eletropostos para veículos elétricos no Brasil até 2022. O modelo de carregador a ser utilizado tem potência 22 kW, é à prova de fogo, choque e intempéries, informa a companhia. O tempo para uma recarga completa poderá variar de acordo com o nível de carga da bateria e capacidade de carregamento no modo AC do veículo.

O CEO da Engie Brasil, Mauricio Bähr, celebrou o acordo com a fabricante alemã e disse que o momento é de desenvolver esse segmento no país. “Esta parceria customizada com a Audi mostra que somos parceiros para projetos de mobilidade elétrica no Brasil“, pontuou.

Já o CEO e presidente da Audi do Brasil, Johannes Roscheck, confirmou a chegada no país do Audi e-tron, SUV 100% elétrico da empresa, para primeira quinzena de abril. Segundo ele, em diversas pesquisas realizadas sobre veículos elétricos, a infraestrutura de recarga sempre aparece como um dos pontos de maior preocupação dos potenciais consumidores.

“Este investimento está em linha com o objetivo de aumentar as opções de carregamento para a chegada do Audi e-tron, primeiro SUV 100% elétrico da marca, que terá as primeiras entregas aos clientes na primeira quinzena de abril”, comentou o executivo.

Mercado promissor

No Brasil, há atualmente, 7,5 mil carros híbridos e elétricos. Em 2030, a previsão é que o país possua 212 mil veículos deste tipo e 24 mil carregadores em locais públicos. Na avaliação de Bähr, os dados apontam para um mercado bastante promissor, e no qual a companhia tem se debruçado nos últimos messes. “Já nos antecipamos com a oferta de uma gama de produtos e serviços para mobilidade urbana, inclusive a elétrica”, informou.

Segundo ele, a companhia está trazendo para o Brasil toda experiência internacional da holding para atender clientes, “sejam eles empresas como a Audi, aeroportos, shopping centers ou cidades que queiram implantar sistemas de carregamento de carros elétricos”. Presente em 70 países, a Engie possui 75 mil pontos de recarga na Europa e nas Américas. O objetivo do grupo é alcançar 1 milhão de unidades no mundo até 2025, contribuindo para descarbonização do tráfego das cidades.

Em mobilidade urbana, a empresa também é parceira da cidade de Santiago do Chile, através da locação de 100 ônibus elétricos e a instalação e manutenção da infraestrutura de carregamento elétrica, fornecida com energia renovável 100% certificada.

Alternativas semelhantes, diz o CEO, podem ser utilizadas em várias cidades do Brasil, que contam com metas para reduzir emissões e ampliar o uso de ônibus elétricos. A Lei de Mudanças Climáticas (2018) de São Paulo, por exemplo, obriga o transporte público a zerar emissões até 2037. No Rio de Janeiro, a substituição da frota por veículos “limpos” começa em 2025.

Um exemplo de parceria que acontece por aqui é na Prefeitura de Niterói, onde foi implantado um sistema de gerenciamento do tráfego por meio de semáforos inteligentes nos principais cruzamentos da cidade, promovendo redução de emissões e melhora no fluxo de veículos.