A Enel Distribuição São Paulo saiu de um prejuízo no ano passado para lucro líquido de R$ 777 milhões. A empresa atribuiu esse desempenho à melhora na performance operacional e financeira, este último atribuído à reestruturação financeira da dívida da companhia realizada em 2019, resultando na negociação de dívidas existentes por novas dívidas a custos mais baixos, além de uma taxa média de juros menor no período.
O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,4 bilhões, aumento de mais de 100% quando comparado ao R$ 1,1 bilhão de 2018. Nesse caso, continuou a companhia em seu release de resultados, houve redução das despesas operacionais, como resultado do avanço no processo de integração com a Enel, incluindo o compartilhamento de melhores práticas, convergência de sistemas e excelência operacional. O Ebitda também foi positivamente impactado pelo reconhecimento da revisão tarifária de 2019 e pela maior receita com fornecimento de energia.
A venda e transporte de energia somou 43.286 GWh crescimento de 1% ante 2018, resultado atribuído ao maior volume de energia distribuída no mercado livre, que cresceu 3,3%, e à leve expansão do cativo, que ficou em 0,2%, principalmente nas classes residencial e comercial. O número de clientes aumentou 1,2% no mesmo período.
Os indicadores de qualidade apresentaram melhoria na casa de dois dígitos. De acordo com a a empresa, o DEC ficou em 6,44 horas, um índice 10,4% menor do que em 2018 e o FEC em 3,71 vezes, 15,5% mais baixo. A empresa acredita que os resultados devem-se aos investimentos realizados em 2019 para melhorar a confiabilidade e para modernizar a rede de distribuição da companhia. Por sua vez, as perdas aumentaram 0,1 ponto porcentual, para 9,62%.
Os investimentos no ano somaram R$ 878,3 milhões, redução de 35,1% ante o aportado em 2018, os valores foram destinados, principalmente, ao fortalecimento, modernização e digitalização da rede de distribuição da Companhia, por meio de sistemas de automação da rede, além de novas subestações, linhas e conexões. Já a dívida líquida apresentou queda de 13,1%, refletindo, sobretudo a melhora na posição de caixa em função do desempenho operacional e do fortalecimento do capital de giro. Como resultado, a alavancagem reduziu para 1,4 vez na relação dívida líquida/ebitda ajustado.