A primeira revisão semana do Programa Mensal de Operação para março continua a apresentar perspectiva de vazões acima da média histórica no maior mercado consumidor do país. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a estimativa de energia natural afluente no Sudeste/Centro-Oeste recuou de 117% para 111% da média de longo termo, apesar da redução, ainda é o mais elevado no país. Em seguida aparece o Nordeste com 101% da MLT, depois vem o Norte com 88% e, bem abaixo da média, está o Sul com ENA de apenas 38%.
Já a previsão de carga em março desacelerou ante o que estava projetado sete dias atrás, ainda assim é de crescimento, mas passou de 6,4% para 4,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. São esperados aumentos de consumo em todos os submercados, sendo de 3,2% no SE/CO, de 10% no sul, de 4,7% no NE e 3,2% para o norte.
Em termos de armazenamento em reservatórios o NE continua como o que deve fechar o mês com maior volume, 79,7%, enquanto isso o norte tem previsão de encerrar com 71,8%, no SE/CO com 54,6% e no Sul em apenas 19,5%, uma retração de pouco mais de 10 pontos porcentuais ante o que se esperava para 31 de março na semana passada.
Com isso, o custo marginal de operação descolou em todos os submercados. No Norte está zerado em todos os patamares. No NE ficou em R$ 87,62/MWh de média, sendo a carga pesada a R$ 90,53/MWh, a média e a leve em R$ 90,06/MWh e R$ 84,83/MWh, respectivamente, mesmos valores no SE/CO, que por sua vez teve a pesada estabelecida em R$ 91,76/MWh e por isso teve a média elevada a R$ 87,91/MWh. No Sul está a situação mais pressionada, os valores estão em R$ 230,05/MWh na carga pesada, R$ 227,14/MWh na média e R$ 84,83/MWh na leve, o que deixou a média em R$ 158,37/MWh.
A programação de despacho térmico para a semana operativa que se inicia neste sábado, 7 de março, está em 4.969 MW médios. A maior parte é por inflexibilidade com 3.400 MW médios, as usinas por ordem de mérito somam 1.288 MW médios e há ainda mais 281 MW médios por restrição elétrica.