A Cosan anunciou nesta segunda-feira, 9 de março, durante evento com investidores, em São Paulo, a criação da Compass Gás e Energia, empresa que atuará em quatro áreas de negócio do setor de gás natural e na integração dos mercados de gás e energia elétrica. Na área de infraestrutura, a Compass Gás e Energia já conta com dois projetos em fase de licenciamento: o Rota 4, gasoduto de escoamento que trará gás natural do pré-sal ao continente, e o Terminal de Importação de GNL no litoral paulista.
Em distribuição, a empresa conta com a maior companhia de gás encanado do Brasil, a Comgás, que tem mais de 2 milhões de clientes em sua área de concessão. Com mais de 17 mil quilômetros de rede, a Comgás é responsável por 30% de todo o gás distribuído no Brasil. Na área de geração, o foco será buscar oportunidades de participação em projetos termelétricos a gás natural, com parceiros estratégicos, alavancando a demanda por este energético e suprindo uma necessidade crescente de energia no País.
Na comercialização, ela já conta com a expertise da recém-adquirida Compass Comercializadora, com credibilidade e histórico de mais de dez anos atuando no mercado livre de energia elétrica. A empresa ampliará seu escopo para a comercialização de gás no mercado livre em todo o território nacional. O movimento da Cosan está alinhado a um novo cenário de transformação e integração dos mercados de gás natural e de energia elétrica no Brasil, o que já ocorre em diversos outros países.
De acordo com Nelson Gomes, presidente da Comgás e que passa a acumular a posição de presidente da Compass Gás e Energia, o setor energético do País vive uma profunda transformação, tornando-se cada vez mais diversificado e complexo. Para ele, neste cenário, a participação do gás na matriz energética brasileira deve crescer significativamente. Estudos mostram que a produção de gás natural no Brasil deve dobrar em dez anos, sobretudo em razão das reservas do pré-sal. Segundo o executivo, este aumento de produção, aliado às iniciativas de abertura do mercado propostas pelo governo, pode oferecer oportunidades às empresas privadas no desenvolvimento e integração dos setores de gás e energia.