A CPFL Renováveis apresentou um lucro líquido de R$ 107 milhões no acumulado de 2019, queda de 9,9% quando comparado ao reportado pela companhia em 2018. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou queda de 0,4%, passando a pouco mais de R$ 1,2 bilhão. A margem ebitda ficou estável em 62,4% e a receita líquida nesse período recuou na mesma proporção para R$ 1,9 bilhão.
No trimestre a empresa alcançou ganhos de R$ 114,7 milhões, aumento de 7,3% ante o período de outubro a dezembro de 2018. O ebitda fechou o trimestre em R$ 376,4 milhões, expansão de 26,1% e a receita líquida cresceu 13,1% quando comparada esta linha do balanço com 2018. A margem ebitda aumentou 6,7 p.p., para 64,5%.
A capacidade instalada da empresa continuou a mesma do encerramento de 2018 com 2.133 MW, mas a energia gerada pela empresa apresentou queda de 4,6% no consolidado do ano e de 6,2% no trimestre encerrado em dezembro. Foram 6.435 GWh e 1.797 GWh, respectivamente. Mudanças nessa capacidade instalada apenas em 2024, quando estão esperadas para entrar em operação mais dois projetos negociados em leilão de energia nova realizado em agosto de 2018, são eles a PCH Cherobim com 28 MW e o complexo eólico Gameleira, com 81,7 MW, na cidade de Touros, Rio Grande do Norte.
A geração de energia dos parques eólicos apresentou acréscimo de 7,5%, o que representou um aumento de 90,6 GWh somente no último trimestre do ano quando comparado a 2018. A empresa explica que esse resultado deve-se pela maior disponibilidade nos parques do Ceará e pela maior incidência de ventos no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul. Contudo, no ano houve a menor incidência de ventos no histórico de seis anos de medição para os parques no Nordeste.
A geração hídrica caiu 37,3% nas PCHs da empresa no trimestre em decorrência da piora na afluência em Mias Gerais e São Paulo. No ano a queda na geração do portfólio hídrico ficou em 4,2%. Em biomassa houve retração no trimestre de 17,9% e de 5,3% no acumulado do ano.
A CPFL Renováveis investiu R$ 31,5 milhões no quarto trimestre e R$ 126,2 milhões em 2019, direcionados, basicamente, às manutenções dos ativos e novos projetos em desenvolvimento. A alavancagem da companhia estava em 3 vezes a relação medida pela relação entre a dívida liquida e o ebitda.