Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Os investimentos em geração solar estão no foco da expansão da EDP no país. A empresa considera a fonte nas modalidades de geração distribuída e autoprodução como estratégicas. Tanto é que a estimativa da subsidiária do grupo responsável por esses aportes, a EDP Smart, prevê aportes de R$ 120 milhões em 2020 e um salto para R$ 360 milhões em 2021. Se confirmados esses valores, representam a preços de hoje a cerca de 160 MWp somente no ano que vem.

O vice-presidente de Estratégia e Novos Negócios da EDP Brasil, Carlos Andrade, explica que essa estimativa se dá em função dos valores atuais para a solar que estão em R$ 3 milhões para cada MWp instalado. Mas, lembra que o custo para a fonte está em queda e a tendência é de continuidade dessa curva descendente com o avanço da tecnologia e aumento de escala.

“Esse segmento é estratégico para nós, o apelo ambiental de investir em energia limpa é importante, mas há também a questão econômica que traz redução no custo da energia”, comentou ele.

Tanto é assim que a previsão de investimentos para essas usinas é crescente. A central inaugurada nesta quinta-feira, 12 de março, para o Banco do Brasil em Porteirinha (MG), está no limite das regras da REN 492 com 5 MW. E tomando como base essa usina a perspectiva da EDP Smart é de viabilizar 20 novas centrais caso todas fossem da mesma dimensão da central mineira somente no ano que vem.

Esse otimismo dele com o mercado decorre das condições naturais que o Brasil apresenta para a fonte. Ele lista questões como a disponibilidade de terras, alta irradiação solar e estados que concedem incentivos fiscais como impulsionadores desse negócio. Somente este ano a empresa já tem 22 MWp contratados e previsão de R$ 120 milhões de investimentos totais por conta do pipeline de projetos em discussão.

E ainda está em negociações para novas usinas na modalidade de autoprodução, cujas potências instaladas podem variar entre 30 MWp a 50 MWp. Ele revelou que as conversas que a empresa vem conduzindo com autoprodutores, se concretizados, somariam cerca de 200 MWp de potência instalada. Essas usinas estariam majoritariamente no submercado Sudeste/Centro-Oeste, em função da demanda industrial e seriam construídas nessa região para evitar o risco de preços de submercado, não seriam necessariamente no norte de Minas Gerais. “Temos boas áreas com irradiação aqui em Minas sim, mas ainda há possibilidades nos estados de Goiás e até no Tocantins”, apontou.

Para Andrade, nem mesmo a questão das incertezas acerca da revisão da REN 482/2012 são motivos para revisar as previsões de aportes. O que pode ocorrer é um alongamento das perspectivas de investimentos, mas no longo prazo ele vê crescimento justamente pela tendência de preços em queda ante o que são praticados atualmente.

“isso [revisão da 482] não muda nossos investimentos porque a tecnologia veio para ficar. A mudança de regras pode levar a uma menor velocidade do crescimento, mas deverá representar apenas uma pequena inflexão em termos de expansão que deve voltar rapidamente”, analisou.

Para ele, essas alterações deverão ficar para 2021 enquanto o Congresso Nacional e a Aneel trabalham para definir os caminhos para a geração distribuída.

*O repórter viajou a convite da EDP Brasil