A EDP Smart e o Banco do Brasil (BB) inauguraram oficialmente nesta quinta-feira, 12 de março, a primeira usina solar fotovoltaica destinada a atender a 100 agências das 430 que a instituição financeira possui no estado de Minas Gerais. A elétrica foi a responsável pelo investimento que ficou na casa de R$ 28 milhões em um contrato para o BB e que tem duração de 12 anos.
A estimativa das empresas é de que a central, localizada no município de Porteirinha (MG), é de que a economia alcance cerca de R$ 80 milhões ao longo de 12 anos. Esse valor representa algo como uma redução de 58% na conta de energia dessas agências da instituição, informou o BB. A central tem 5 MW de potência instalada e cálculos apontam que a geração deverá alcançar 14 mil MWh por ano.
Esse é um processo novo para uma instituição financeira, destacou o vice-presidente de Agronegócio e Governo do BB, João Rabelo. Nesse caso da usina inaugurada o projeto demorou um ano desde a licitação ocorrer, mas a empresa já estudava esse tema há três anos.
O banco fechou o acordo depois da realização de uma concorrência. E no momento há mais seis processos em andamento. A previsão é de que todas as usinas já contratadas deverão ficar prontas até o final do ano que vem. Esses projetos estão localizados nos estados de Minas Gerais (que terá mais uma planta solar e que somada à primeira trará uma economia adicional estimada em R$ 130 milhões no estado), Goiás, Pará, Bahia, e Ceará, além do Distrito Federal. Juntas, as sete unidades fornecerão 42 GWh de energia ao ano.
E ainda, destacou o executivo, há estudos em andamento para a implantação dessa mesma modalidade de geração em outros estados. Destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e região Sul do Brasil. Nessas os estudos deverão indicar se há a viabilidade de implantação dos projetos nessas regiões a partir de informações como preço do terreno, tarifa da energia, tecnologia, regime tributário, entre outros aspectos.
“Depois da primeira que é mais demorada, levamos um ano da licitação até a inauguração. Tem uma série de pontos a avaliar. Escolhemos Minas Gerais como a primeira por conta do licenciamento mais rápido e existe ainda o benefício fiscal do governo local”, apontou ele. “A expectativa é de que a curva de aprendizagem possa reduzir o ciclo de implantação”, acrescentou.
A revisão das regras que está em discussão da REN 482 não influenciou a decisão de investimento. Ele destacou que essa decisão já havia sido tomada pelo banco, mas afirmou que a manutenção das regras da forma que estão atualmente é melhor para o investimento nessa modalidade de geração.
Além disso, lembrou, as ações da instituição ainda passaram por eficiência energética, bem como a migração ao ACL de 26 maiores prédios da instituição. Ao final do ano que vem, estimou o executivo, o BB deverá atender 35% de sua demanda. No final dessa fase do projeto, a estimativa é de que a energia compensada seja equivalente ao consumo de 472 agências do banco no país.
*O repórter viajou a convite da EDP Brasil