O tema de perdas de energia na Light continua a ser o principal para a empresa que atende a capital do Rio de Janeiro. No fechamento de 2019 não foi diferente, a empresa continua a apresentar índice cerca de 5 pontos porcentuais acima do limite regulatório estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Contudo, a empresa comemorou o fato de que houve relativa estabilidade desse indicador na comparação com o trimestre passado na média móvel de 12 meses.
Segundo a empresa, o patamar regulatório para 2019 era de 19,62% de perdas totais sobre a carga-fio. Contudo, a companhia apurou 26,04%. Em dezembro do ano passado os indicadores eram de patamar de 20,62% e apuração de 23,95%. No terceiro trimestre as perdas ficaram em 25,93%.
Já na linha sobre as perdas na baixa tensão apenas, que é onde se concentra o maior problema da distribuidora o índice está em 52,05% ante um limite estabelecido pela Aneel de 36,06%. Esse é o maior índice verificado pela empresa desde dezembro de 2017, quando estava em 39,01% ante o limite que permanece o mesmo desde aquele período.
Segundo a diretora presidente e de Relações com Investidores, Ana Marta Veloso, a estabilidade na média móvel é considerada uma vitória da companhia e não é o resultado de mudança de metodologia na apuração dos dados. “Usamos o mesmo software que a Aneel, não há mudança de critério para as perdas técnicas, então esse é um resultado efetivo do trabalho da companhia”, destacou ela em teleconferência sobre os resultados anuais da companhia.

A executiva reforçou que a empresa vem implantando iniciativas com intuito de melhorar os resultados de perda comercial, atendimento aos clientes e arrecadação. Nesse contexto a Light identificou a necessidade de realizar um trabalho regionalizado em virtude das especificidades de cada área. Por isso, disse ela, criou gerências regionais, com planos de ação de acordo com o grau de complexidade e características de cada uma delas.

Outra iniciativa que visa ao aperfeiçoamento na gestão de processos, recursos e ganhos de produtividade é a primarização de mão de obra. Essa ação, aponta a Light, “pretende garantir a execução das atividades de combate à perda, priorizando a qualidade da REN, com objetivo de evitar geração de contingências e cancelamentos futuros, bem como assegurar uma boa taxa de arrecadação e aumento na incorporação de energia”. Em dezembro foram 100 funcionários e em janeiro deste ano mais 200, de um total de aproximadamente 1.000, focados no combate ao furto de energia no mercado de baixa tensão.