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As empresas de energia elétrica com ações negociadas na bolsa de valores de São Paulo – B3 perderam R$ 105,6 bilhões em valor de mercado entre o dia 21 de fevereiro de 2020, quando começou as suspeitas dos primeiros casos de coronavírus no Brasil, até a última segunda-feira, 16 de março, de acordo com levantamento feito pela Economatica a pedido da Agência CanalEnergia.
Apenas no dia de ontem, as 35 empresas de energia elétrica listadas perderam R$ 29,9 bilhões em valor de mercado. Destaques para Eletrobras que se desvalorizou em R$ 7 bilhões e a Engie Brasil (R$ – 3,78 bilhões).
Considerando todas as empresas de capital aberto na B3, a perda no dia de ontem somou R$ 423,5 bilhões. Desde o dia 21 de fevereiro a queda acumulada das empresas de capital aberto somam R$ 1,58 trilhão, segundo a Economatica. O valor de mercado das empresas brasileiras esta abaixo dos R$ 3 trilhões.
A Petrobras é a empresa com maior perda de valor de mercado no dia 16 de março com R$ 33,2 bilhões de recuo.
O Brasil registrou nesta terça-feira a primeira morte por causa do coronavírus (Covid-19). A vítima foi registrada no estado de São Paulo. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, há 291 casos confirmados até hoje. O balanço anterior contabilizava 234 infectados. Além dos casos confirmados, há 8.919 casos suspeitos.
Até o fechamento dessa reportagem (14h23), o Índice Bovespa apresentava alta de 4,04%, aos 74.043. O Índice de Energia Elétrica (IEEX) estava em alta de 2,75%, aos 61.994,55 pontos.
Elétricas rumo ao abismo
O valor das ações das elétricas na B3 estão mergulhando para um abismo sem fundo desde que o coronavírus chegou ao Brasil, mesmo sendo ativos considerados defensivos (seguros, por ter uma receita estável e de longo prazo).
Do dia 21/2 a 16/3, a maior empresa de energia do país, Eletrobras, acumula perda de valor da ordem de R$ 22,4 bilhões. Essa desvalorização deverá prejudicar os planos do Governo Federal de privatizar a companhia neste ano. Caso a privatização não ocorra, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, avisou ontem que precisará fazer um contingenciamento de R$ 16 bilhões no orçamento fiscal deste ano.
Além da Eletrobras, em 25 dias, sofreram grandes desvalorizações as companhias CPFL Energia (- R$ 11,1 bilhões); Neoenergia (R$ – 9 bilhões) e Cemig (-R$ 8,8 bilhões).
Veja os dados completos a seguir: