A multinacional europeia Statkraft firmou uma parceria com o Movimento ODS de Santa Catarina para ser guardiã do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável. Segundo a gerente de Meio Ambiente da Statkraft no Brasil, Bianca Barros, a expectativa da empresa com a iniciativa é de potencializar ações para contribuir para o alcance do 17 ODS – Parcerias e Meios de Implementação, proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Sabemos que as metas só serão atingidas com atuação conjunta, o que inclui o compartilhamento de conteúdo, conhecimento técnico e boas práticas”, explica Barros. Assim, a companhia que atua com geração e comercialização de energia e possui ativos em seis estados do país, além de escritórios em Florianópolis e Rio de Janeiro, assume um compromisso com os seus valores de responsabilidade, competência e inovação e o seu propósito de prover energia para as pessoas de forma ética e responsável, via soluções efetivas em prol do desenvolvimento sustentável.
Para auxiliar ao alcance do objetivo, além de manter seus projetos já existentes, a empresa visa a expansão e multiplicação destes situados em regiões de vulnerabilidade social, como na Bahia. “As pequenas comunidades que se encontram na região de nossas usinas são beneficiadas com a formação e expansão de projetos que contribuem para a produtividade agrícola, empoderamento para as famílias e produção de insumos e conhecimento por meio de capacitações técnicas”, ressalta Bianca.
Principais projetos
Atualmente as comunidades indígenas do entorno da UHE Monjolinho, localizada no rio Passo Fundo, entre os municípios de Nonoai e Faxinalzinho, no Norte do Rio Grande do Sul, são beneficiadas com as ações de diversos programas, como: custeio de produção, programa de estímulo ao esporte e de inclusão digital nas terras indígenas, além da capacitação dos índios na produção e plantio de mudas. A iniciativa contribui diretamente para o ODS 02; em particular meta 2.3, que garante dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores.
Outra ação vem da Associação Artesãs Filhas do Vento, hoje composta por 19 mulheres de diferentes comunidades, e conta com o cultivo de mandioca em uma área no matrizeiro de aproximadamente 504 m². A plantação auxilia na produção da farinha e tapioca, que agrega valor à associação a partir de produtos de derivados da mandioca, bem como a comercialização de produtos artesanais, feitos com a palha do Licuri (Syagrus coronata), crochê e produção de licores artesanais (cremosos, frutas regionais e ervas medicinais).
Com formação 100% feminina, apesar de estar aberto a qualquer gênero, a iniciativa contribui diretamente para o ODS 5; em particular à meta 5.5, que garante a plena participação das mulheres e a igualdade de oportunidades para o seu desenvolvimento pessoal e econômico. Com o apoio da Statkraft, a ação auxilia as mulheres das comunidades locais no complemento de renda (que constitui um aumento de até 50%).
Destacam-se também as iniciativas do Reniva, que beneficia 48 famílias por meio da distribuição de mudas de manivas pelo desenvolvimento de uma técnica inovadora, e que conta com índice de 98% de sucesso, com perdas mínimas para a geração de mudas, e a Apicultura, num projeto desenvolvido num parque eólico baiano onde foi identificado o potencial para exploração da atividade. A empresa adquiriu novos equipamentos e kits de apicultura, além de realizar articulações com as entidades locais para impulsionar o desenvolvimento de capacitações na área.