As chuvas que caíram em fevereiro deste ano em parte do país contribuíram para redução da área com seca extrema entre a Bahia e Pernambuco, que na escala da Agência Nacional de Águas (ANA) passou a registrar seca grave, um grau abaixo. O resultado representa o primeiro mês de fevereiro em cinco anos a não registrar nenhuma área com o fenômeno extremo desde o início do Monitor de Secas, em 2014.
Segundo o levantamento, as chuvas acumuladas foram de mais de 200mm em Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, noroeste do Piauí e noroeste e sul do Ceará. Já no Espírito Santo e leste de Minas foram registrados menos de 100mm. Quanto mais ao leste nordestino, os volumes acumulados foram menores, chegando a 50mm em Alagoas, Bahia e Sergipe. Já no centro-sul de Minas e no nordeste do Maranhão, as chuvas ultrapassaram os 400mm em janeiro.
Ao final do mês foi verificada uma redução das áreas com seca na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte. Também houve a redução da gravidade das secas que acontecem na Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Em Alagoas a extensão e a gravidade do problema permanecem semelhantes à situação registrada pelo Monitor de Secas em janeiro.
Coordenado pela ANA, com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, e que atuam na autoria e validação dos mapas, o Monitor tem uma presença cada vez mais nacional, sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e abrangendo os nove estados do Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. Os próximos estados a se juntarem à pesquisa serão Goiás e Rio de Janeiro, que já estão em fase de testes e treinamento de pessoal.