A terceira revisão semana do Programa Mensal de Operação para março ainda manteve a previsão de vazões próximas à média histórica em quase todo o país. Como verificado nas últimas semanas, o Sul é a exceção, por lá a previsão é de alcançar energia natural afluente de 29% da média de longo termo. No Norte está a previsão mais elevada com 104%, seguido pelo nordeste com 102% e o sudeste/centro oeste com 100% da MLT.
A previsão de carga desacelerou, como era esperado em função da desaceleração de diversas atividades por conta da pandemia relacionada ao novo coronavírus. Para o final de março, a estimativa ainda é de aumento na comparação com o mesmo período do ano passado, a projeção é de crescimento de 2,4%. No maior submercado é estimada a expansão de 1,1%, no norte e NE relativa estabilidade e somente no Sul, crescimento expressivo com alta de 9,8%.
Em termos de utilização de capacidade de armazenamento em reservatórios, apenas o Sul está com estimativa abaixo de 50% em 31 de março. Por lá, que passa por um período de seca, a projeção é de 16,8%. No SE/CO a expectativa é de encerrar o mês em 50,6%, no norte de 73,2% e no NE 80%.
Com isso o custo marginal de operação médio que já estava zerado no norte, apresentou mesmo comportamento no NE. No SE/CO o valor é de R$ 101,80/MWh, resultado da cara pesada em R$ 106/MWh, média em R$ 105,34/MWh e leve em R$ 97,76/MWh. No sul está o mais elevado com R$ 202,69/MWh pelo patamar pesado em R$ 306,48/MWh, médio em R$ 299,50/MWh e leve a R$ 97,76/MWh.
O volume de despacho térmico é estimado em 6.677 MW médios. A maior parte ainda está por inflexibilidade com 4.996 MW médios, são 1.502 MW médios por ordem de mérito e mais 178 MW médios por restrição elétrica.
Ao longo da semana operativa que se encerra nesta sexta-feira, 20 de março, as bacias hidrográficas da região Norte apresentaram pancadas de chuva. No final da semana houve chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Paranapanema, Tietê, Grande e no trecho incremental a UHE Itaipu. Já para a semana que vem a expectativa é de verificar precipitação nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins.