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A união das geradoras Eneva e AES Tietê foi objeto de análise do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De acordo com o estudo, a fusão será favorável para o setor elétrico brasileiro, já que une empresas que são complementares. A Eneva atua na geração termelétrica e a AES Tietê, na área hídrica e renovável. “A fusão vai trazer uma possibilidade de atuação nesses novos mercados muito grande. Vai surgir uma empresa muito consolidada”, afirma. O estudo não analisou a questão econômico financeira e centrou apenas no setor elétrico.
A operação, que ainda depende do aval de acionistas da Tietê e se encontra em fase de análise, poderá fazer surgir um novo player com 6,1 GW e faturamento anual na ordem de R$ 5 bilhões. O resultado traria uma empresa com atuação nas fontes hídrica, termelétrica a gás e carvão, solar e eólica.
O estudo mostra que a integração vai criar uma sinergia operacional e competitiva, por causa da complementaridade dos ativos. Como a fontes hídrica é mais forte na primeira parte do ano, enquanto a eólica e térmica fica mais forte no segundo semestre do ano. Segundo o coordenador do grupo, Nivalde de Castro, a união entre as duas empresas também estaria em linha com a transição energética, preconizada no Plano Decenal de Energia, com muita geração térmica para dar segurança ao sistema. O novo mercado de gás, em que a demanda termelétrica vai ser âncora dele, é mais um ponto de atração para a geradora. A complementaridade também aparece quando a AES Tietê se mostra uma empresa conservadora na expansão. Por outro lado, a Eneva demonstra mais dinamismo na expansão, como os projetos de Roraima e Azulão.
Outro ponto que o coordenador chama atenção é que a atuação da AES Tietê focada no mercado livre, enquanto o foco da Eneva está no ambiente cativo, reforça o quadro de equilíbrio que a fusão pode trazer. Ainda segundo Nivalde de Castro, a competitividade da empresa também pode ser grande nos leilões.