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A cadeia global de fornecimento de turbinas eólicas possui uma estimativa de demanda que acumula investimentos de US$ 600 bilhões até o final de 2028. O fornecimento médio anual de turbinas eólicas deve atingir US$ 60 bilhões entre 2020 e 2028, um aumento de 8% em relação a 2019. Apesar disso, a pandemia é vista como um obstáculo de curto prazo para a indústria.
Essa é a projeção da consultoria Wood Mackenzie, para quem os preços médios mais altos das turbinas e um crescimento de 20% na demanda offshore refletem um aumento de 37% no potencial da cadeia de suprimentos. Essa projeção representa um valor acumulado de US$ 222 bilhões até 2028. Os componentes estratégicos de capital, como pás e torres, apresentam uma oportunidade acumulada de US$ 25 bilhões.
De acordo com a consultoria, mais de 44 GW da demanda combinada nos dois maiores mercados, os Estados Unidos e China, devem sobrecarregar a cadeia de suprimentos eólicos neste ano. Além disso, uma escassez de vários componentes críticos foi ainda mais exacerbada pela crise do coronavírus.
Na análise da empresa, uma verdadeira corrida na instalação de novos projetos causou uma escassez de lâminas e rolamentos. Além disso estima que o coronavírus comprometeu aproximadamente 10% a 15% dos volumes de produção na China, Espanha e Itália. No entanto, as empresas no país oriental já retomaram a produção no início de março, resultando em um rebaixamento de apenas 3 GW para instalações de 2020.
Nas contas da consultoria pouco mais de US$ 6 bilhões em turbinas e produção de suprimentos de componentes já estão comprometidos no primeiro trimestre de 2020 e que o impacto do coronavírus pode piorar se as instalações continuarem enfrentando atrasos na retomada da produção.
Essa corrida, lembra, tem relação com a eliminação gradual do programa chamado de PTC nos EUA após 2020. Isso estimulará a demanda por quase 5 mil torres eólicas em 2020, obrigando os OEMs de turbinas a aumentar as importações de torres por lá, apesar dos direitos antidumping. A Wood Mackenzie aponta que as importações de torres dos EUA do Canadá, Indonésia, Coréia do Sul e Vietnã superaram um total combinado de US$ 900 milhões nos últimos seis anos.