As vendas globais de veículos elétricos devem cair 43% neste ano em comparação com o resultado de 2019. A estimativa é da consultoria Wood Mackenzie que projeta a aquisição de 1,3 milhão de unidades até o final do ano ante os 2,2 milhões do período anterior.
Entre os motivos apontados estão o surto de coronavírus, possíveis atrasos na compra da frota devido ao menor preço do petróleo e uma abordagem de compra e venda de novos modelos. A China alcançará a demanda de 2019 um mês antes neste ano, em novembro. Na Europa a expectativa é de estabilidade. Contudo, a previsão é de queda nos Estados Unidos, na ordem de 30%.
Segundo a análise da consultoria, as vendas de todos os carros na China caíram 21% em relação a 2019 no mês de janeiro. Em fevereiro, haviam caído 80%. Já em termos de veículos elétricos, as vendas foram mais afetadas, retração de 54% e de mais de 90%, respectivamente. Esse segmento da indústria automotiva representa cerca de 5% de todas as vendas de veículos na China nos últimos dois anos.
Esse comportamento, explica a Wood Mackenzie deve-se à incerteza e o medo criados pelo surto, que tornaram os consumidores menos inclinados a adotar uma nova tecnologia. E continua ao apontar que uma vez a epidemia contida na China, os consumidores deverão retornar às concessionárias.
As vendas na Europa registraram um aumento de 121% em janeiro – apesar de uma redução de 7% no mercado geral. A tendência de aumentar a adoção de VE persistiu em fevereiro, embora menor que no mês anterior. Contudo, os números de janeiro e fevereiro ainda não refletem o impacto do coronavírus na região, assim como na América do Norte.