A matriz elétrica brasileira viu o aumento em 2.272 MW no acumulado do ano até o dia 15 de abril. Diferentemente de outros anos, a maior parcela dessa nova geração é térmica e está concentrada no mês de março em decorrência da liberação comercial da UTE Porto do Sergipe em 21 de março e que soma 1.515 MW de potência instalada. No ano são 1.691 MW de térmicas, divididos em 40 MW a biomassa e o restante por combustível fóssil.
Ao total entraram em operação 54 unidades de geração, sendo 51 para atendimento do mercado regulado com 2.207 MW. A fonte eólica teve 7 novas usinas que somam 114 MW de potência liberada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A hídrica é responsável por 38,4 MW divididos entre 5 UGs. Já a solar já acumula o segundo maior volume dessa expansão do ano com 428,4 MW em 12 unidades de geração.
Com esse resultado parcial de 2020 o Brasil acumula 108,9 GW de expansão de capacidade de geração desde 1997, quando começa a série histórica. De acordo com a Aneel, ainda estão previstos para este ano mais 2.057 MW para entrar em operação. Ou seja, ao se confirmar essas previsões, o país acrescentará 4.329 MW em nova capacidade, menor volume em um ano só desde 2012, mas que estaria no 10º maior volume acrescido em 12 meses nos últimos 24 anos.
Considerando os projetos monitorados pela agência reguladora os dois próximos anos prometem ser de aceleração ante 2020. Para o ano que vem é previsto mais 6.817 MW em energia nova e em 2022 mais 6.975 MW. Em 2023 e 2024 recuam os volumes para 1.935 MW e 3.140 MW, respectivamente. Nos dois anos seguintes há ainda 150 MW. somados e outros 2.929 MW sem previsão.