A Neoenergia continua a tocar as obras de transmissão e de geração em dois complexos eólicos a despeito da crise do coronavírus. A empresa afirmou que os projetos seguem sem comprometimento em seu cronograma de execução de acordo com o planejado e sem gargalos em sua execução e que os prazos de entrega continuam conforme estimados.
O diretor presidente da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, comentou durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados obtidos no primeiro trimestre de 2020 que a companhia mantém contato com as empreiteiras e fornecedoras de forma próxima. E que ao mesmo tempo vem tomando medidas sanitárias em seus canteiros de obras para controle da infecção. “Temos quase dois mil trabalhadores nas obras de transmissão e sem nenhum caso de contágio da doença declarado”, comentou ele.
No segmento de transmissão são os lotes arrematados em abril de 2017 que estão mais adiantados. Inclusive com o lote 22 classificado como ‘em vias de conclusão’. No lote 4, o destaque é para a fase de içamento das torres, lançamento dos canos e construção das subestações. No lote 20, a estimativa é de 14 meses de adiantamento em comparação com o cronograma da Aneel e Capel 38% menor até o momento. No 27 o prazo está com 13 meses de adiantamento e capex 33% menor.
No total, a empresa arrematou lotes em quatro leilões até o momento, que somam receita anual permitida de R$ 806 milhões quando plenamente operacionais.
No segmento de geração, a empresa trabalha em dois projetos eólicos no Nordeste, o complexo Chafariz (471,2 MW) na Paraíba, com 39% da energia no ACL e os demais 61% no ACR. Nesse cluster, aponta, as obras foram iniciadas com antecipação de três meses e há 600 pessoas trabalhando. A entrada em operação é prevista para janeiro de 2022.
Já Oitis (566,5 MW, BA/PI) 96% da energia está dedicada ao ACL. Dentre os marcos alcançados está a conexão garantida, 3,4% do capex estimado já adjudicado, turbinas GE contratadas e o financiamento de 250 milhões de euros junto ao BEI. A entrada em operação é prevista para meados de 2022. Nesse projeto, disse o executivo, 30% da energia ara o ACL já está contratada entre 2022 e 2024 a um preço de R$ 190/MWh.
Apesar das obras em campo, a Neoenergia afirma que 4,6 mil colaboradores estão trabalhando em regime de home office, cerca de 38% da força de trabalho.