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A Aurora Energia conseguiu a ampliação para 1.357 MW da licença ambiental para o complexo solar de mesmo nome, localizado em Jaíba, na região Norte do Minas Gerais. A licença concedida é uma das maiores para a fonte no Brasil. A empresa já tinha a autorização para implantar 680 MW no mesmo sítio e tem atuação na área a de PCHs e térmicas a biomassa. De acordo com Fabrício Lopes, CEO da empresa, a previsão é que a primeira fase do empreendimento, com os 680 MW já liberados e investimentos de R$ 3 bilhões, entre em operação em 2022. “Vamos começar este ano a preparar o canteiro para implantação”, explica. O parque solar vai gerar cerca de 1.500 empregos entre diretos e indiretos.
Ele conta que inicialmente a ideia era que o empreendimento tivesse inicialmente 1.060 MW, mas ao fazer o projeto básico uma evolução tecnológica permitiu que ele aumentasse a sua potência para os quase 1360 MW. A região, a 60 quilômetros da divisa com a Bahia e é dotada de forte insolação. A SE Jaíba vai fazer a conexão do projeto com a rede. Esse complexo tem protocolo de intenção com a Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior de Mina Gerais (INDI), ficando na lista de Projetos Estratégicos e prioritários do governo estadual. A Aurora tem mais projetos solares na região de Jaíba e em outras cidades do estado, como Arinos, em que ela tem projeto de 900 MW . Os projetos da empresa somam R$ 20 bilhões em investimentos.
O tamanho do complexo solar da Aurora energia chama a atenção. Não são comuns empreendimento solares com tantos megawatts. Segundo o CEO da Aurora, a energia do projeto será totalmente destinada ao Ambiente de Contratação Livre. Nos últimos certames de energia nova, a empresa chegou a cadastrar o projeto, mas foi apenas para ter a certificação que eles estariam aptos para viabilização. O executivo considera o preço dos leilões regulados baixos, podendo fechar contratos com melhores no ACL. Ele conta que as negociações para a venda dos 680 MW não devem ser afetadas pela pandemia de Covid-19 , já que as tratativas para o destino da energia do parque solar vinham sendo conduzidas bem antes da pandemia.
E é justamente a pujança do complexo solar que o diferencia dos demais. Lopes conta que determinados investidores estrangeiros só admitem aportes em altas quantias, o que é o caso do empreendimento da Aurora. “São poucas as empresas no Brasil que conseguem colocar um projeto desses em 18 meses”, comenta. Lopes prevê uma recessão para os próximos anos, mas aposta que o país ficara muito ‘barato’ para os investidores comprarem projetos de energia. “Antes, o dólar estava a R$ 4, agora está a R$ 5. A gente continua tendo a mesma procura que tinha, o negócio continua sendo atrativo”, avisa. Cerca de 70% a 80% da estruturação financeira do projeto já está solucionada, sem buscar investidores no momento para o cluster.
Em terras contíguas, o complexo é formado pelas UFVs Aurora 2 (80 MW), Aurora 3 (80 MW), Aurora 4 (152) e Aurora 5 (368 MW). Com a expectativa de início dos canteiros em 2021, a pandemia do Corona Vírus não deve atrapalhar o cronograma do projeto. O cumprimento de etapas anteriores a ida a campo para a supressão do terreno deve durar até quatro meses, o que daria tempo para obras começarem sem restrições.