A elétrica Furnas divulgou na última terça-feira (28) que está empreendendo estudos e avaliações inéditas acerca das medições de resistência elétrica no sistema de transmissão em corrente contínua da hidrelétrica de Itaipu, especificamente na área geográfica de influência dos dois anéis de eletrodo de terra da subestação de Foz do Iguaçu (PR).

De acordo com a companhia, que opera a rede transmissora da binacional, o objetivo do trabalho é a revitalização dos dispositivos de segurança do sistema, responsável pelo escoamento de quase 45 milhões de MWh por ano, cerca de 8,5% da energia consumida pelo Brasil. Os outros 45 milhões de MWh ao ano (90 MWh total) são transmitidos de maneira convencional, pelo Sistema de Transmissão em Corrente Alternada da estação elevadora de 750 kV, em Foz. As configurações são necessárias para contornar o problema de diferentes frequências utilizadas por Brasil e Paraguai.

Fábio Valentim, gerente de Produção Paraná, explica que os anéis do eletrodo de terra 1 e 2 fazem parte do sistema de aterramento composto por duas linhas paralelas de 15 km, que parte da SE Foz de Iguaçu e termina em grandes anéis de 2,3 km de perímetro, onde os eletrodos estão enterrados a até seis metros de profundidade. “É um trabalho árduo e meticuloso. Nossos técnicos desenterram e coletam um corpo de prova (ânodo) para análise de seu estado de conservação”, revela.

Segundo ele, os anéis de eletrodo de terra existem para reduzir o risco de perda de potência em situações de operação em curta duração por ocorrências no sistema, ou de longa duração em períodos de manutenção ou desligamentos forçados por perda de um polo. Ademais, os técnicos da empresa também estão identificando e substituindo eventuais conectores rompidos ao longo do sistema.