A próxima liquidação financeira do mercado de curto prazo tende a ocorrer na normalidade. A previsão é do presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Rui Altieri Silva. Segundo o executivo o aporte de garantias para o evento que refere-se às operações de março apresentou o melhor resultado recente com uma frustração de menos de 1,5% do valor contabilizado.
Ele comentou que a despeito das mudanças operacionais ocorridas na entidade por conta das medidas de isolamento social, o processo tem ocorrido dentro do cronograma estabelecido e que esse índice foi o melhor já verificado pela CCEE. “Nunca tivemos uma frustração de aporte tão pequena como esta, ficou em 1,5%”, revelou ele durante a edição especial do Agenda Setorial 2020, evento promovido pelo Grupo CanalEnergia – Informa Markets por meio da internet.
O executivo comentou que a CCEE vem trabalhando normalmente mesmo afastado da sede física. “Estou aqui em casa e é como se eu estivesse na minha sala”, definiu ele. “Eu diria que a vida continua normalmente apesar do momento de tensão, estamos trabalhando remotamente e com segurança”, destacou.
O débito na liquidação do MCP referente às operações de março ocorrem em 11 de maio e o crédito no dia seguinte. Na última liquidação, realizada no início de abril, foram movimentados R$ 880 milhões, dos R$ 9,2 bilhões contabilizados. Do valor não pago, R$ 8,32 bilhões estão relacionados com liminares de GSF no mercado livre e R$ 24 milhões representam outros valores em aberto na liquidação, sendo R$ 15,5 milhões do parcelamento aprovado para a Celesc, R$ 8 milhões da CEA que tem uma discussão judicial desde junho de 2019 de parte dos valores e R$ 400 mil de inadimplência.