O consumo nacional de eletricidade ficou em 40.946 GWh no mês de março. O valor é 0,2% menor na comparação com o mesmo período de 2019, indicando estabilidade no consumo. De acordo com a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica publicada pela Empresa de Pesquisa Energética, as quedas nos submercados Sudeste e Nordeste foram compensadas pelos crescimentos no Norte, Centro-Oeste e Sul. As duas regiões tiveram queda de 2,1% cada uma, enquanto no Norte, Centro-Oeste e Sul o crescimento chegou a 8,1%, 5,2% e 1,9%, respectivamente.
Por segmento, a classe industrial teve aumento de 1%, com 14.071 GWh. O segmento residencial foi outro que teve alta, crescendo 0,9%, chegando a 12.446 GWh. Por outro lado, o segmento comercial teve uma queda de 3,1%, com 7.817 GWh, menor que os 8.0965 GWh registrados em março de 2019. Ainda no segmento industrial os setores que mais se destacaram foram os de produtos alimentícios metalúrgico, com aumento de 5,5%, o metalúrgico, que cresceu 4,3% e o de borracha e material plástico, que subiu 2%. Nas quedas, o maiores recuos ficaram com o setor de produtos metálicos, com 8,6%, automotivo, com 8,4% e extração de minerais metálicos, com 7,9%.
Ainda de acordo com a EPE, a queda no consumo residencial no Sudeste aconteceu devido ao clima mais ameno. Na região, recuou 2,5%. O consumo comercial teve destaque nas regiões Sudeste e Nordeste, impactadas por temperaturas mais leves e redução no comércio e serviços devido à epidemia do coronavírus. No Sudeste, o consumo da classe comercial recuou 5,5% e no Nordeste, a queda ficou em 3,9%.
Até março, o consumo de energia no país teve recuo de 0,9%, com 122.787 GWh. A classe industrial acumula no ano recuo de 0,4%, consumindo 41.281 GWh. Já a classe comercial, com 23.88 GWh, teve uma queda de 2,2% em 2020.
Em 12 meses, houve aumento de 0,4% no consumo em relação ao mesmo período do ano anterior. A classe industrial é a única a apresentar queda no consumo, de 1,3%. O segmento residencial teve aumento de 1,4%, enquanto o comercial teve a maior subida no consumo, de 1,8%.