Os investimentos da margem brasileira de Itaipu para enfrentamento da Covid-19 ultrapassaram a marca de R$ 22 milhões. O rol de ações é amplo, incluindo convênios e medidas de auxílio eventual. Entre essas ações, a empresa liberou R$ 15 milhões para a reestruturação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), que é mantido pela usina, para compra de equipamentos e insumos. Outras unidades hospitalares da 9º Regional de Saúde do Estado do Paraná também foram beneficiadas por estes recursos, com o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), álcool 70%, medicamentos, camas e diversos outros materiais.
Para o Hospital Municipal Germano Lauck, em Foz do Iguaçu, cidade-sede da hidrelétrica, serão encaminhados 15 aparelhos de ventilação mecânica, além de monitores e estruturação de um leito de tratamento avançado no Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Luz, em Medianeira, e mais um respirador mecânico para o Samu de Foz.
Outra frente importante foi a habilitação do Centro de Medicina Tropical do HMCC junto ao Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), o que diminui o tempo para o resultado de exames da doença. Antes disso, era necessário enviar as amostras para Curitiba. Cerca de 500 testes foram doados à Prefeitura, sendo utilizados em cinco unidades básicas de saúde da cidade.
Uma das iniciativas já aprovadas pelo Fundo de Auxílio Eventual, cujo aporte total é de R$ 2,7 milhões, é o Lar dos Velhinhos de Foz. A entidade vai receber R$ 175 mil para a aquisição de materiais de limpeza, alimentação, higiene e segurança. O apoio vai garantir a manutenção do atendimento durante a pandemia, assim como para a organização Anjos da Madrugada.
Com o governo do Estado, a binacional firmou um convênio de R$ 4 milhões para a contratação de 733 bolsistas. Todos da área de assistência à saúde, para atividades de apoios às regionais do Estado. Para o coordenador do Grupo Estratégico da Covid-19 da Itaipu, Jorge Aureo, a UHE não poderia ficar indiferente ao enfrentamento da doença. “Nossa missão é também cuidar da nossa gente por meio de ações efetivas e de solidariedade.”
Equipe do hospital mantido por Itaipu comemora vitória de paciente contra a Covid-19 (foto: Débora Black)
Gestão integrada será fundamental para volta gradual do turismo na região
A usina também afirmou que pretende empreender todos os esforços necessários para a retomada gradual do turismo de Foz do Iguaçu e região depois que a pandemia passar, ou seja, sem data definida. Em nome da Assessoria de Turismo de Itaipu, pasta comandada pela jornalista Patrícia Iunovich, a turismóloga e advogada Aline Teigão contou que aguarda as diretrizes do governo para, em consonância com os protocolos sanitários adotados pelo município, avaliar o melhor momento para a retomada do turismo.
“É necessário prudência e, ao mesmo tempo, planejamento estratégico”, afirmou. Ela acrescenta que a gestão integrada do turismo será primordial para que os bons resultados sejam alcançados e que todos que atuam na companhia tem o mesmo objetivo: “Vender bem o turismo de Foz do Iguaçu”, ressaltou.
Aline disse que a cidade tem recebido atenção especial da gestão do diretor-geral, general Joaquim Silva e Luna, e dos parceiros estratégicos – os governos federal, estadual e municipal. Desta forma, tem sido dotada de infraestrutura adequada para receber esse novo perfil de viajante: roteiros ampliados, aeroporto em condições de receber grandes aeronaves, melhoria da mobilidade urbana e uma segunda ponte.
A representante também reforçou a vantagem do município em relação a outros destinos para a retomada da atividade, tendo uma usina que apoia, financia e ajuda a cidade a se reinventar. “O general Silva e Luna tem falado isso sempre. Num momento como este, em que o mundo parou, contar com um apoio deste porte significa que nós já largamos na frente”, finalizou.
Retomada do turismo na usina e região exige prudência e planejamento estratégico (foto: SkyTakes/Árvore Filmes)
Schneider Electric apoia produção de 60 mil protetores faciais
A Schneider Electric Brasil, em conjunto com a marca independente Steck, anunciou que irá produzir 60 mil máscaras protetoras para profissionais de saúde. A iniciativa é liderada pelo Grupo localmente, sob o mote Save Our Heroes. Em colaboração com uma força-tarefa de oito fornecedores parceiros – HFF, Crie Light, Crismac, HSMV, Clariant, Remo, IPT e Helptech – a produção acontecerá até o fim de maio, representando um investimento de aproximadamente R$ 350 mil.
A fábrica da empresa em Guararema (SP) fará a montagem dos protetores faciais (colocando os elásticos e higienizando as peças) e gerenciará a entrega a hospitais públicos de cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Amazonas.
O presidente da multinacional no Brasil, Marcos Matias, justificou o projeto pela falta equipamentos de proteção para o setor médico brasileiro em meio ao caos que está se tornando o sistema de saúde regional no país, à medida que a disseminação do vírus e internações avançam e a produção não atende à demanda.
Como parte do seu programa de responsabilidade social, a Schneider também entregou materiais para infraestrutura de TI em hospitais de campanha como do Pacaembu e M’Boi Mirim, além de doar produtos de controle de acesso de pessoas e colaboradores, 2 mil máscaras a uma unidade de saúde em Cajamar (SP) e kits de higiene e cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social.