A EDP Renováveis fechou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de 62 milhões de euros, 2% a mais na comparação com o mesmo período em 2019, mas vendo suas receitas diminuírem em 7% para 487 milhões de euros. A empresa anunciou seus resultados financeiros nessa quinta-feira, 7 de maio, mostrando que o aumento de 15 milhões de euros nos preços de venda e o impacto positivo da conversão em moeda estrangeira não compensaram as quedas de 45 milhões de euros na capacidade em MW e de 16 milhões de euros em recursos eólicos.

A companhia reportou redução de 12% no EBITDA, que chegou a 340 milhões de euros no período. Já a dívida líquida diminuiu 120 milhões de euros, ficando em 2,6 bilhões de euros, refletindo o capital dos ativos gerado e a execução da estratégia de vendas. João Manso Neto, CEO da EDPR, disse que o resultado é sólido, apesar do menor recurso eólico e do desempenho da empresa ter sido afetado no período pelo processo de sell-down.

“Garantimos 83% dos 7 GW de capacidade pretendida até 2022, o que inclui não só a tecnologia onshore, como também offshore e solar, com diversificação tecnológica e geográfica”, explica o CEO, afirmando que a empresa tem cumprido os objetivos de crescimento e superado consideravelmente as suas metas em termos operacionais.

Segundo ele a crise causada pelo avanço da Covid-19 não afetou os resultados do primeiro trimestre de 2020, com o plano de contingência centrando-se em garantir a segurança e saúde das equipes e na ajuda às comunidades locais onde a companhia atua. “Algo que conseguimos sem ter que alterar o plano estratégico e de negócio”, acrescentou Manso Neto.

Nesse período, o braço de renováveis da EDP produziu ainda 7,8 TWh de energia, recuo de 8% na relação anual, já que a capacidade instalada inferior segue a estratégia de sell-down, representada por exemplo pela venda de 137 MW no Brasil, por meio do parque eólico Babilônia. A carteira de ativos em operação, espalhada internacionalmente, contabiliza 11,2 GW, depois de nos últimos doze meses terem sido acrescentados 827 MW à potência instalada.

Desde o dia 31 de março, a EDPR já assinou 3 novos PPAs na Espanha, no México e nos EUA num total de 359 MW e já contratou 83% da meta visada dos 7 GW em capacidade global pretendida para o período de 2019-2022, assim como foi anunciado na Atualização Estratégica a 12 de março de 2019. Ao final de sua nota, a empresa salientou que irá continuar analisando e desenvolvendo projetos que cumpram os seus critérios de risco e rentabilidade internos.