Em teleconferência ao mercado e acionistas na tarde dessa quinta-feira, 7 de maio, o CEO da AES Tietê, Ítalo Freitas, afirmou que a companhia está empenhada em cumprir com seu planejamento estratégico de “futuro renovável”, mirando um mercado livre mais robusto a partir do ano que vem com a definição do preço horário.
Perguntado sobre a potencial fusão com a Eneva e os recentes comunicados da B3, Ítalo disse que essa é uma questão para os controladores e que a administração da empresa segue focada em sua atuação. “Caso venha uma nova proposta, vamos realizar uma nova assembleia para analisar, mas temos que nos blindar de qualquer discussão sobre esses papéis e focar em nosso futuro para gerar valor para o nosso acionista”, declarou.
A oferta previa uma incorporação e combinação de ativos das empresas, envolvendo R$ 6,6 bilhões, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e o restante em ações, mas o controlador americano AES Corp entendeu que com a efetivação do negócio perderia seu poder de veto em assembleias, visto deter apenas 24% do capital total da subsidiária brasileira. A atitude foi considerada irregular pela Eneva, por descumprir compromisso de adesão ao Nível 2 da B3.
A AES defendeu que uma eventual transação não poderia acontecer sem sua aprovação, por ser controladora da geradora paulista, com maioria das ações ordinárias. No entanto a B3 disse em ofício, no dia 27 de abril, que todos acionistas de empresas do nível 2 de governança podem votar em assembleias sobre propostas de incorporação e fusão.