A média do consumo energético no Sistema Interligado Nacional (SIN) em abril caiu 13% na comparação com o mesmo período em 2019, aponta estudo realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O resultado foi impactado pela diminuição das atividades comerciais e industriais, após a adoção das medidas para frear o avanço da Covid-19 no país.
No Ambiente de Contratação Livre (ACL) a redução foi de 14%, impulsionada pelo baixo consumo nos seis principais setores da economia que negociam energia no mercado livre. No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), a demanda diminuiu 13%, um pouco menor por causa da continuidade do consumo da classe residencial.
Quando se compara o período posterior à adoção da quarentena, considerado entre os dias 21 de março e 1 de maio, com o momento imediatamente anterior, de 1 a 20 de março, a redução da demanda no SIN foi de 16%, sendo 19% no mercado livre e 13,9% no regulado.
ACL e demandas regionais
Ao analisar o desempenho do consumo por ramo de atividade, o levantamento verificou que a indústria automotiva e o segmento têxtil ainda lideram as maiores quedas no ACL, de 66% e 47% respectivamente. Os únicos índices positivos foram para os segmentos de saneamento e de alimentos, com 24% e 4%.
O desempenho regionais durante o isolamento social mostra o Rio de Janeiro com redução de 19%, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 18%. Três estados tiveram alta no consumo: Pará (6%), Amapá (4%) e Maranhão (2%), por conta da baixa redução da demanda no mercado regulado e da elevação do consumo em alguns setores da economia nestes estados.