Para ajudar a prefeitura do Rio de Janeiro a avaliar e fiscalizar as medidas de combate ao avanço do coronavírus, a elétrica Engie adaptou seu sistema de monitoramento para contagem e classificação de veículos nas vias, por meio de câmeras instaladas na cidade. A empresa tem trabalhado no Centro de Operações da capital carioca, prestando serviços de controle de tráfego à CET-Rio, com os primeiros alertas sendo emitidos nessa semana.

“Utilizamos nossas ferramentas de inteligência artificial para programar as câmeras e focar não só nos automóveis, mas também nas pessoas em circulação na cidade para estimar a distância entre elas”, explica o diretor-presidente da Engie Soluções, Leonardo Serpa, afirmando que os alertas ajudam a formar uma base de dados para planejamento de ações em pontos críticos de aglomeração e no monitoramento de situações que demandem uma atuação rápida da Guarda Municipal.

Como a companhia já opera o Centro de Operações da Prefeitura, em apenas três dias foi possível adequar rapidamente o sistema, com ajustes no software e customização para as operações no Rio. O trabalho não teve custo adicional para a cidade, frisou a empresa.

Para mapear o nível de distanciamento social, padrões da OMS para risco de contágio são seguidos, utilizando um sistema de sinais. Verde indica que o isolamento está sendo respeitado, com espaçamento de 1,5 metro ou mais entre as pessoas. Amarelo sinaliza um risco menor de contágio, com afastamento entre 0,75 m e 1,5 metro. Já o alerta vermelho é acionado em caso de aglomerações, sem uma distância segura de pelo menos 75 cm.

Nestes dois dias de operação, as câmeras flagraram aglomerações em pontos da orla da zona sul do Rio, como Copacabana e Ipanema. Também houve concentração excessiva na Tijuca e Méier, zona norte, assim como na zona oeste, em locais como Taquara e Praça Seca, sobretudo no entorno de estações de trens e metrô.

Taxa de isolamento social na capital carioca caiu de 79% para 74% nos últimos 15 dias, afirma prefeitura (foto: Agência Brasil)

CTG Brasil direciona R$ 2 milhões para produção local de testes rápidos

Já a geradora CTG Brasil firmou uma parceria com o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Senai para produção de testes rápidos de diagnóstico sorológico da Covid, por meio de um aporte de R$ 2 milhões. O montante aplicado faz parte dos recursos financeiros destinados ao Programa de P&D da Aneel, e possibilitará a produção de aproximadamente três milhões de testes mensais a partir de julho para o Sistema Único de Saúde (SUS) e venda a laboratórios da rede particular.

O projeto ainda conta com as parcerias da Bio-Manguinhos/Fiocruz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da empresa de biotecnologia Advagen Biotech. A coordenadora de Biotecnologia do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras, Aline Dumaresq, disse que a ação vem para somar esforços na força de detecção do novo coronavírus e trazer como alternativa o uso de testes sorológicos.

“Além de poder reduzir em até quatro vezes o custo do diagnóstico, os testes sorológicos que estamos propondo também trarão agilidade na obtenção dos resultados, variando de minutos (para os testes rápidos) a poucas horas, para testes do tipo Elisa”, explicou a coordenadora.

Segundo ela a ampliação da testagem da população tem impacto direto no controle da disseminação da doença e, consequentemente, possibilita tomadas de decisões que levem ao achatamento da curva de casos de infecção pela Covid-19, protegendo o Sistema de Saúde de um possível colapso.

Enel SP doa 700 kits para comunidades da zona sul

A Enel Distribuição São Paulo doou 700 kits de produtos orgânicos, como verduras e legumes, para algumas comunidades da Zona Sul de São Paulo. A entrega foi realizada em duas remessas, com a última acontecendo nessa quarta-feira, 13 de maio. A ideia é auxiliar as famílias em situação mais vulnerável durante a pandemia e manter a atividade econômica dos agricultores familiares apoiados pela distribuidora. Todos os produtos foram produzidos nas hortas nos terrenos da empresa na região de São Mateus, zona leste da capital.

A iniciativa integra o projeto Enel Compartilha Hortas em Rede, em parceria com a ONG Cidades Sem Fome. O critério de escolha das famílias é definido pelos líderes comunitários ativos no projeto, já que essas ações sociais estão diretamente ligadas às associações de bairros, instituições e pessoas engajadas na transformação das comunidades onde a companhia atua.

Apoio à produção local prevê entrega de três milhões de testes rápidos para o SUS (foto: Agência Brasil)

A crise com a propagação do vírus alterou o funcionamento no campo, com os trabalhadores que pertencem ao grupo de risco ficando em casa – sem redução de repasse das vendas -, e os que continuam trabalhando seguindo os protocolos de afastamento, limpeza constante e monitoramento. Os moradores do entorno também não devem comparecer nas hortas, de forma a evitar a disseminação da doença. Os pedidos devem ser feitos pelo telefone e WhatsApp dos produtores locais.

No total, a concessionária aplicou cerca de R$ 890 mil na ação, que conta atualmente com duas hortas ativas, com produção constante e 15 beneficiários diretos. Desde o início da iniciativa, foram produzidas mais de 69 mil toneladas de vegetais e cerca de R$ 200 mil de renda aos agricultores participantes.

Estão previstos ainda o desenvolvimento de mais três núcleos, com a finalidade de ampliar a distribuição de renda e beneficiários, que contarão com um hortifruti situado próximo ao local de plantio para garantir que a comunidade também possa consumir produtos de alta qualidade.