Os diretores da Cemig destacaram na teleconferência da empresa nessa segunda-feira, 18 de maio, indicadores positivos no prestamento dos serviços da concessionária e na evolução de seus canais digitais, e os negativos em decorrência da pandemia, que reduziu o volume de energia consumida e aumentou a inadimplência na concessionária, que procura cumprir com seu plano de investimentos. Para tanto, o Diretor de Finanças e RI, Leonardo George de Magalhães, afirmou que a companhia trabalha com uma margem entre R$ 80 a R$ 100 milhões para redução de custos.
“Estamos fazendo reanálises em todos processos, com a economia de custo em função da crise e em melhorar a eficiência operacional, através de uma proposta agressiva de redução de custos mas mantendo a qualidade dos nossos serviços”, ressaltou Leonardo, afirmando que a combinação dessa análise somada ao Plano de Desenvolvimento da Distribuição (PDD) já implantado vai gerar benefício positivo para empresa e aumento das margens.
O executivo disse que a alavancagem financeira está reduzindo mesmo que a estratégia de alienação dos ativos ainda na carteira de business tenha alguma dificuldade com a conjuntura atual de um ambiente não propício aos negócios, como nos casos da Gasmig, Light, e as participações nas UHEs Santo Antônio (RO) e Belo Monte (PA).
“Temos que pensar que agora temos um caixa robusto de R$ 2,4 bilhões para passar por esse momento junto com o apoio do governo federal e Conta Covid, que vão garantir a redução da alavancagem mesmo que não vendemos nenhum ativo nesse momento, apesar dos ativos seguirem à venda”, comentou.
ACR e ACL
A Cemig-D não especificou, mas indicou que os números de arrecadações nessa quinzena de maio têm melhorado em relação a abril, apontando para uma possível tendência nas próximas semanas. A distribuidora confirmou ainda receber 40% dos pagamentos por meios digitais e 60% entre lotéricas e nos bancos, e que os consumidores de baixa renda do Tarifa Social representam cerca de R$ 25 milhões por mês, não incluindo ICMS.
Quanto as renegociações dos contratos no mercado livre, Magalhães, salientou que esse ambiente de contratação é mais complexo mas que a companhia trabalha com um mix de casos em que conseguiu negociar uma diferença de preço, que pressiona o consumidor, “aumentando mais à frente e mantendo a energia”. Outros casos são mais difíceis, relata, como shoppings centers, onde o cliente quer exercer cláusula de força maior, com a devolução de energia abaixo do take, sendo posteriormente negociada no PLD.
“Tem muita energia disponível no mercado mas entendemos essa parte de negociação do PLD não é a mais representativa, e temos tido sucesso em muitas negociações. Estamos liquidando o PLD e tem um impacto na receita de Geração e Transmissão, que é um impacto muito pontual, concentrado no segundo trimestre”, declarou.