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A Argo Energia é uma transmissora que nasceu em abril de 2016 quando o Pátria Investimentos decidiu pela sua incursão no segmento. Depois de quase quatro anos e três lotes no portfólio a companhia foi vendida e desde novembro de 2019 está sob controle de duas transmissoras, a Energía Bogotá e a Red Elétrica Internacional, que comparam a organização por R$ 3,5 bilhões. Nessa nova fase a Argo vem se preparando para expansão.
Com a saída do CEO Marcelo Souza, do ex-acionista, a empresa foi ao mercado e contratou José Ragone, ex-diretor da Taesa, que também foi presidente da transmissora mineira em sua primeira passagem por lá. Ele chega com o desafio liderar a companhia em fase pré-operacional de dois dos três projetos, e ainda, conduzir ações visando o aumento de sua participação no país.
Em entrevista à Agência CanalEnergia, Ragone disse que a visão dos novos sócios está focada no planejamento de longo prazo. Até pelo fato de serem operadores em outros países e terem esse negócio como seu core business. Nesse sentido, a ideia é a de olhar para as novas oportunidades de aquisições e nos leilões futuros.
“Nosso passo seguinte está focado no crescimento. Estamos nos preparando para continuar nossa atividade nos leilões de transmissão, examinaremos ainda as oportunidades no mercado secundário, sendo seletivos, focando ativos e realizando transações que agreguem valor”, aponta.
O CEO da empresa afirma que a forma de se posicionar nos leilões continuará. A empresa manterá sua prudência nas análises das oportunidades tanto em novos projetos quanto naquelas concessões já operacionais. Ele descarta ações como outras transmissoras que entraram no mercado na mesma época e que ofereceram altos deságios por lotes colocados nos certames.
“Não entramos em leilões somente para ganhar o lote, tem que ter condições de cumprir as premissas definidas pela companhia em seu plano de negócios e entregar o retorno do projeto que foi definido pelos sócios”, explica. “Até porque, a ideia é manter os ativos até o final do contrato”, argumenta.
Nos parâmetros que devem nortear a avaliação de oportunidades ativos com sinergia aos três atuais devem ser um fator diferencial na análise. Contudo, Ragone destaca que essa não é a única variável à mesa. Ele explica que no processo de due diligence ainda são olhados a qualidade dos equipamentos, condutores, se o ativo foi bem construído o custo de operação e manutenção futuro dentre outros pontos do checklist que representa um verdadeiro raio-x na organização avaliada.
“Não temos uma meta definida em termos de linhas ou subestações, a ideia é a de olhar ativos que venham agregar valor”, reforça.
Reorganização
Em paralelo, conta o executivo, a companhia vem se organizando para uma reestruturação. A Argo trabalha em seu reperfilamento da dívida visando uma estrutura de capital mais otimizada. A meta é aproveitar o momento favorável, desconsiderando a questão da pandemia, em que a taxa de juros básica da economia, a Selic, se encontra em seu patamar mais baixo da história.
“Hoje tenho a menor taxa de juros no Brasil. Mas também não podemos esquecer que o momento, que não ocorre só aqui, então tenho que avaliar o momento certo para que possa substituir as dívidas associadas ao projeto por outra mais barata e que nos favoreça. A questão é estar preparado para implementar no momento correto”, classifica.
Além disso, a Argo prevê uma reorganização que inclui a formação de uma holding operacional. Ragone diz que essa mobilização societária abriria mais oportunidades à companhia de ser mais eficiente do ponto de vista fiscal e ser mais dinâmica no acesso ao mercado de dívidas.
Atualmente a Argo possui três projetos. O primeiro, e maior, é o Argo I que entrou em operação comercial com 18 meses de antecipação ante o cronograma estabelecido pela agência reguladora. O segundo lote está com a possibilidade de iniciar a operação em outubro deste ano. O terceiro lote, em Rondônia está com 88% da receita anual permitida já disponível ao final deste mês, 26 meses de antecipação.
Operacionalmente, Ragone explica que a empresa está focada no processo de consolidação da manutenção e operação dos ativos ao passo que as obras se aproximam do final. Agora, continua ele, as ações são voltadas para
a eficientização das operações. “Estamos consolidando a Argo Energia como referencial de implantação e exploração de projetos de transmissão”, define o executivo.