A Casa dos Ventos assinou contrato de compra e venda de energia renovável de longo prazo com a Tivit, multinacional brasileira de soluções digitais, para fornecer energia eólica aos seus 30 escritórios e quatro data centers espalhados pelo país. O acordo prevê o fornecimento de toda demanda de eletricidade da empresa a partir de 2022 através do complexo Rio do Vento, localizado no Rio Grande do Norte.

Com potência instalada de 504 MW e investimento de R$ 2,4 bilhões, o complexo eólico Rio do Vento é formado por oito Sociedades de Propósito Específico, o que possibilita a negociação de contratos no mercado livre com empresas de porte e setores diferentes. Além do fornecimento de energia, os consumidores ainda possuem uma opção de se tornarem acionistas da SPE, se tornando autoprodutores e reduzindo ainda mais seu custo total de eletricidade. De acordo com Lucas Araripe,  diretor de Novos Negócios da Casa dos Vento, o projeto funciona como um grande condomínio, onde diversas companhias se beneficiam das economias de escala do projeto como um todo. Dessa forma, Araripe destaca que a Casa dos Ventos pretende facilitar o acesso à fonte eólica e o modelo de autoprodução para empresas não eletrointensivas.

Segundo ele, Rio do Vento é um projeto singular e os ventos que sopram na região são intensos e constantes, característica climática que permite trabalhar com contratos e tarifas muito mais competitivos junto aos clientes. Ele alega que a empresa trouxe ineditismo ao Ambiente de Contratação Livre quando customiza os parques de Rio do Vento às diferentes necessidades dos clientes. No caso, o cliente tem a opção de se tornar autoprodutor, com os riscos de construção e operação mitigados e se beneficiando da escala trazida ao complexo.

Além da Tivit, a desenvolvedora assinou recente parceria com a Vulcabras Azaleia, no valor de R$ 150 milhões. Rio do Vento possui 120 turbinas V150-4.2 MW da dinamarquesa Vestas, líder mundial na fabricação de aerogeradores, e está localizado nos municípios de Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo, Ruy Barbosa e Bento Fernandes. A operação comercial do complexo está prevista para o segundo semestre de 2021.

O empreendimento da Casa dos Ventos também se prepara para expansão. O complexo eólico potiguar se tornará um dos maiores do mundo ao ter sua capacidade dobrada. Além da duplicação, a companhia estuda sua hibridização, unindo duas fontes limpas e renováveis, vento e sol. Araripe conta que na segunda fase de Rio do Vento, será aproveitada toda a estrutura da primeira e ter 1 GW em um único cluster mais competitivo e com operação otimizada.